Estado de saúde de menina que caiu em poça de gasolina quente segue grave

Segundo boletim divulgado nesta segunda-feira, Ana Cristina segue no CTI Pediátrico do Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias

Ana Cristina Pacheco Luciano foi uma das três vítimas do acidente que precisaram ser levadas ao hospital
Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/O Dia
Ana Cristina Pacheco Luciano foi uma das três vítimas do acidente que precisaram ser levadas ao hospital

Ainda é grave do estado de saúde da menina Ana Cristina Pacheco Luciano, de 9 anos, internada desde a última sexta-feira no CTI Pediátrico do Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias. A garota teve 80% do corpo queimados ao cair numa poça de gasolina quente após o vazamento de um duto da Petrobras provocado por uma tentativa de furto de combustível, ocorrida no Parque Capivari, onde ela mora com a família.

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A mãe da criança, Fernanda Pacheco, de 26 anos, contou que sua casa fica em frente ao duto onde ocorreu o vazamento de gasolina . A dona de casa disse que se perdeu da filha no momento em que largou a mão da menina para pegar no colo um dos sobrinhos, para ajudar a irmã e os outros parentes a fugir do local. Ana Cristina acabou caindo numa poça e ficando para trás e, segundo sua mãe, foi socorrida pelos bombeiros cerca de uma hora e meia depois, quando foi levada para o hospital, com mais duas pessoas.

Entre as vítimas estava o avô da criança Antônio Martins da Silva, de 53 anos, que recebeu alta do hospital na manhã do último sábado (27). No mesmo dia foi liberado o funcionário da Transpetro, subsidiária da Petrobras, Olavo Pacífico dos Santos, de 51, que estava internado na mesma unidade.

"Foi desesperador ver a nuvem de gasolina e poças na minha casa, com meus animais todos mortos", contou a mãe.

Camila Guaraciaba, de 25 anos, que é amiga de Fernanda, criou uma campanha no WhatsApp (21 96735-0022) e Instagram (@camilalouredotomaz) para arrecadar doações para as famílias do Parque Capivari que foram impedidas de voltar para casa após o vazamento.

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A polícia investiga se um grupo de milicianos que atua na Baixada Fluminense está envolvido na tentativa de furto de gasolina de dutos da Petrobras. Em nota, a Transpetro informou que que prestou toda a assistência aos feridos e desabrigados.