Os dez militares do Exército que foram presos pelo fuzilamento do carro de uma família no Rio de Janeiro serão ouvidos pela Justiça Militar na tarde desta quarta-feira (10). Eles passarão por audiência de custódia, que vai analisar a legalidade das prisões, bem como a necessidade de continuarem detidos.
Nesta ocasião, além dos próprios militares, a defesa de cada um também se manifestará, oferecendo a sua versão. Eles vão prestar depoimento na 1ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar .
O caso é investigado pelo próprio Exército porque o então presidente Michel Temer sancionou em 2017 uma lei que determina que mortes de civis cometidas por militares em atividade sejam julgadas pela Justiça Militar.
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Dez dos 12 homens que foram ouvidos no início da semana tiveram a prisão em flagrante decretada ainda na segunda-feira (8) pois foram detectadas inconsistências em seus depoimentos, segundo o Comando Militar do Leste.
O músico Evaldo dos Santos Rosa foi vítima do fuzilamento e morreu na hora quando o Exército disparou mais de 80 vezes contra o carro em que estava com sua família, no último domingo (7). Evaldo vai ser enterrado ainda nesta quarta-feira (10) no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, Zona Norte do Rio.