No aniversário de um ano da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acontece neste domingo (7), manifestantes vão às ruas para protestar. Dezessete capitais brasileiras confirmaram atos e 36 atividades estão sendo realizadas em outros 16 países.
A principal manifestação contra a prisão de Lula , organizada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), está sendo feita em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná. Ainda assim, o protesto foi liberado com restrições pela Justiça Estadual do Paraná - que desde o dia 21 de fevereiro proibiu atividades pró ou contra Lula nas ruas do bairro onde fica a PF.
A promessa é de que 5 mil pessoas se reunirão em Curitiba, na parte da manhã. O ato, que acontece a partir das 10h, terá a presença de lideranças do partido, como o ex-prefeito de São Paulo e candidato à presidência no ano passado Fernando Haddad.
O PT também organiza outro grande protesto “em defesa da democracia e pela liberdade de Lula” em São Paulo, às 14h, na Praça do Ciclista. Em Brasília, militantes devem ir à região de Planaltina às 14h. No Rio de Janeiro, o ató é na Orla de Copacabana, às 15h. Em Porto Alegre, às 15h, no Memorial Prestes.
A Jornada Lula Livre, na manhã desse domingo, aqui em Curitiba, abraça o presidente Lula. #LulaLivreJa #lulalivrejá ✊ #lulalivre ❤🙋 #LulaPresoPolitico #lulainocente
— Benedita da Silva (@dasilvabenedita) 7 de abril de 2019
Foto: @Benildes13 pic.twitter.com/hcMmDkzJci
Belo Horizonte fazendo bonito, neste domingo. Por #LulaLivre , contra as injustiças e contra os retrocessos do governo Bolsonaro. #LulaLivreDomingoSDV pic.twitter.com/2gbHDhlGqq
— Margarida Salomão (@JFMargarida) 7 de abril de 2019
Manifestantes do movimento Vem Pra Rua, que são a favor da prisão do ex-presidente, também farão protestos neste domingo em diversas cidades do País. Em São Paulo, o ato irá ocorrer às 14h, na Avenida Paulista com a Rua Pamplona, perto de ato pró-Lula.
Atos fora do Brasil
Além dessas, outras atividades contra o que o Comitê Lula Livre chama de “encarceramento político” serão feitas até quarta-feira (10) durante a Jornada Internacional Lula Livre.
Coordenados pela Frente Internacional de Brasileiros Contra o Golpe (Fibra), organização baseada na Alemanha, os atos pela liberdade de Lula durante a semana acontecerão na Europa e em outros continentes, incluindo um em frente à ONU em Genebra.
A maior parte das manifestações acontece neste domingo, nas cidades de Bruxelas, Berlim, Viena, Barcelona, Bonn, Coimbra, Lisboa, Amsterdã, Bolonha, Copenhague, Munique, Frankfurt, Hamburgo, Colônia, Manchester, Tübingen (Alemanha) e Aarhus (Dinamarca), além de novo ato em Madri.
Fora da Europa, Montevidéu, Nova York, Los Angeles, Boston, Cidade do México, Sydney, Melbourne, Saint-Louis, Berlim e Londres também terão protestos.
Argentina está por #LulaLivre
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) 7 de abril de 2019
também! ✊🏼🇦🇷
Mais de 500 participantes do Encontro Nacional da Juventude da CTA, Central de Trabalhadores Argentinos, denunciam prisão política de @LulaOficial
Gracias @hugoyasky @robibaradel @matiaszalduendo @edgardollanoapa @federicomontero pic.twitter.com/ChsmCzTxKm
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Prisão de Lula
O ex-presidente petista está preso na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba desde o dia 7 de abril do ano passado, condenado a 12 anos e um mês de detenção por corrupção passiva e lavagem de dinheiro para beneficiar empreiteiras em negócios da Petrobras, na Operação Lava Jato .
Desde o dia em que foi detido, o ex-presidente tentou sair duas vezes da sede da PF para participar de um velório. Na terceira vez, conseguiu a permissão e foi velar o neto , também em São Bernardo.
Em novembro de 2018, o ex-presidente tentou prestar suas homenagens ao ex-deputado Sigmaringa Seixas, que era amigo pessoal de Lula. Na decisão, a Justiça afirmou que não poderia liberar o petista, uma vez que não se tratava de um cônjuge ou de um parente de primeiro grau.
Mais tarde, em janeiro, a defesa do ex-presidente recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o petista pudesse comparecer ao velório do seu irmão, Genival Inácio da Silva. A decisão veio tarde e o petista não saiu da cadeia naquele dia.