Atos contra um ano da prisão de Lula acontecem em cidades do Brasil e do mundo

Principal ato, organizado pelo PT, acontece na manhã deste domingo (7), em frente à sede da Polícia Federal, onde o ex-presidente está encarcerado

No aniversário de  um ano da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acontece neste domingo (7), manifestantes vão às ruas para protestar. Dezessete capitais brasileiras confirmaram atos e 36 atividades estão sendo realizadas em outros 16 países.

Manifestante protesta contra um ano da prisão de Lula na manhã deste domingo (7), em Curitiba.
Foto: Reprodução/Twitter @LulaOficial
Manifestante protesta contra um ano da prisão de Lula na manhã deste domingo (7), em Curitiba.

A principal manifestação contra a prisão de Lula , organizada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), está sendo feita em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná. Ainda assim, o protesto foi liberado com restrições pela Justiça Estadual do Paraná - que desde o dia 21 de fevereiro proibiu atividades pró ou contra Lula nas ruas do bairro onde fica a PF.

A promessa é de que 5 mil pessoas se reunirão em Curitiba, na parte da manhã. O ato, que acontece a partir das 10h, terá a presença de lideranças do partido, como o ex-prefeito de São Paulo e candidato à presidência no ano passado Fernando Haddad.

O PT também organiza outro grande protesto “em defesa da democracia e pela liberdade de Lula” em São Paulo, às 14h, na Praça do Ciclista. Em Brasília, militantes devem ir à região de Planaltina às 14h. No Rio de Janeiro, o ató é na Orla de Copacabana, às 15h. Em Porto Alegre, às 15h, no Memorial Prestes.







Manifestantes do movimento Vem Pra Rua, que são a favor da prisão do ex-presidente, também farão protestos neste domingo em diversas cidades do País. Em São Paulo, o ato irá ocorrer às 14h, na Avenida Paulista com a Rua Pamplona, perto de ato pró-Lula.

Atos fora do Brasil

Foto: Reprodução/Twitter @LulaOficial
Atos também foram marcados para este domingo (7) em cidades de outros países, como Melbourne, na Austrália

Além dessas, outras atividades contra o que o Comitê Lula Livre chama de “encarceramento político” serão feitas até quarta-feira (10) durante a Jornada Internacional Lula Livre. 

Coordenados pela Frente Internacional de Brasileiros Contra o Golpe (Fibra), organização baseada na Alemanha, os atos pela liberdade de Lula durante a semana acontecerão na Europa e em outros continentes, incluindo um em frente à ONU em Genebra.

A maior parte das manifestações acontece neste domingo, nas cidades de Bruxelas, Berlim, Viena, Barcelona, Bonn, Coimbra, Lisboa, Amsterdã, Bolonha, Copenhague, Munique, Frankfurt, Hamburgo, Colônia, Manchester, Tübingen (Alemanha) e Aarhus (Dinamarca), além de novo ato em Madri.

Fora da Europa, Montevidéu, Nova York, Los Angeles, Boston, Cidade do México, Sydney, Melbourne, Saint-Louis, Berlim e Londres também terão protestos.




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Prisão de Lula

O ex-presidente petista está preso na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba desde o dia 7 de abril do ano passado, condenado a 12 anos e um mês de detenção por corrupção passiva e lavagem de dinheiro para beneficiar empreiteiras em negócios da Petrobras, na Operação Lava Jato .

Desde o dia em que foi detido, o ex-presidente tentou sair duas vezes da sede da PF para participar de um velório. Na terceira vez, conseguiu a permissão e foi velar o neto , também em São Bernardo.

Em novembro de 2018, o ex-presidente tentou prestar suas homenagens ao ex-deputado Sigmaringa Seixas, que era amigo pessoal de Lula. Na decisão, a Justiça afirmou que não poderia liberar o petista, uma vez que não se tratava de um cônjuge ou de um parente de primeiro grau.

Mais tarde, em janeiro, a defesa do ex-presidente recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o petista pudesse comparecer ao velório do seu irmão, Genival Inácio da Silva. A decisão veio tarde e o petista não saiu da cadeia naquele dia.