Líder máximo do PCC, Marcola é transferido para presídio em Brasília

Em fevereiro, o chefe da facção havia sido transferido do interior de SP para Porto Velho, em Rondônia; esquema é estratégia do Ministério da Justiça

Marcola já foi condenado a mais de 330 anos de prisão
Foto: Reprodução/Wikipedia
Marcola já foi condenado a mais de 330 anos de prisão

O líder máximo da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, será transferido nesta sexta-feira (22) para o presídio federal da Fazenda Papuda, em Brasília, por decisão do Ministério da Justiça. 

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Em fevereiro deste ano, Marcola foi transferido para Porto Velho, em Rondônia. Antes disso, cumpria pena na Penitenciária II de Presidente Venceslau, em São Paulo. O criminoso vai se deslocar em um jato da Polícia Federal e o horário de chegada não foi informado por questões de segurança.

O Ministério da Justiça alega que o esquema de transferências frequentes é uma estratégia para enfrentamento e desmantelamento das facções criminosas, impedindo que os chefes deem ordens de dentro dos presídios. 

Além do líder máximo do PCC , outros três criminosos também serão transferidos para Brasília. A chegada dos criminosos ocorre no mesmo dia em que a Polícia Civil e o Ministério Público do DF fazem uma operação contra a facção criminosa no local. 

Em nota, o governo informou que o deslocamento será acompanhado por policiais federais e do Depen, batedores e helicóptero da Polícia Rodoviária Federal. Além disso, a Força Nacional de Segurança Pública reforçará a segurança das áreas ao redor do presídio.

Em fevereiro, o criminoso foi transferido com outros 21 integrantes da facção , sete deles tiveram o pedido de transferência expedido após o envolvimento em ataques a agentes públicos e assassinatos de rivais.

Marcola foi preso pela primeira vez em 1990 por roubos a carros-fortes e bancos. Quando já estava na prisão, foi condenado por tráfico de drogas, formação de quadrilha, e homicídio. Recentemente, também foi condenado a 30 anos de prisão na investigação do setor jurídico do PCC, chamada Operação Ethos. 

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Condenado já a 330 anos, 6 meses e 24 dias de prisão, Marcola não terá direito a visitas íntimas, já que não se enquadra em nenhum dos dois requisitos para isso: não integrar uma facção criminosa e não ter tentado fugir da polícia ou de penintenciárias. O criminoso já fugiu em cinco ocasiões e nega que seja chefe da facção.