Dois atiradores abriram fogo contra funcionários e alunos da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo. No total, o massacre em Suzano deixou 10 mortos. Cinco eram estudantes com idades entre 15 e 17 anos de idade. Duas eram funcionárias da escola. Um homem, tio de um dos atiradores, também morreu. Já os dois criminosos, que eram ex-alunos da escola, cometeram suicídio. Veja, abaixo, a lista das vítimas:
Caio Oliveira (estudante)
Claiton Antonio Ribeiro (estudante)
Samuel Melquiades Silva de Oliveira (estudante)
Douglas Celestino (estudante)
Kaio Lucas da Costa Limeira (estudante)
Marilena Ferreira Vieiras Umezo (coordenadora pedagógica)
Eliane Regina Oliveira Xavier (inspetora de ensino)
Além dos alunos e funcionárias da escola, o empresário Jorge Antonio Moraes, proprietário de uma revendedora de carros, que era tio de Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, um dos atiradores, foi baleado em sua loja, que fica próxima à escola, pouco antes do ataque. A polícia divulgou os nomes dos dois atiradores na tarde desta quarta-feira. Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, eram ex-alunos do colégio.
Permanecem internadas 11 vítimas do ataque:
- Letícia de Melo Nunes (Hospital Santa Marcelina – Itaquaquecetuba)
- Samuel da Silva Félix (Hospital Santa Maria – Suzano)
- Beatriz Gonçalves Fernandez (Santa Casa de Misericórdia de Suzano)
- Anderson Carvalho Brito (Hospital das Clínicas de São Paulo)
- Murilo Gomes Lauro Benites (Hospital das Clínicas de São Paulo)
- Jenifer da Silva Cavalcante (Hospital Luzia de Pinho Melo – Mogi das Cruzes)
- Leonardo Vinícius Santa Rosa (Santa Casa de Misericórdia de Suzano)
- Adina Isabella Bezerra de Paula (Santa Casa de Misericórdia de Suzano)
- Guilherme Ramos do Amaral (Santa Casa de Misericórdia de Suzano)
- José Vítor Ramos Lemos (Hospital Santa Maria – Suzano)
- Leonardo Martinez Santos (Hospital Luzia de Pinho Melo – Mogi das Cruzes)
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que enviou dois psiquiatras e um psicólogo para dar apoio no atendimento às famílias e demais afetados pelo atentado, atuando em conjunto com a equipe do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) de Suzano. "Os profissionais darão suporte no próprio Caps e a pasta está em contato permanente com a Prefeitura", informou o governo.
O massacre na escola Professor Raul Brasil teve início pouco após as 9h30 da manhã, no horário do intervalo das aulas. Encapuzados, Guilherme e Henrique foram ao local a bordo de um carro retirado antes na concessionária do tio do atirador mais novo, Jorge Antonio, que levou três tiros e morreu no local.
A dupla levou um revólver 38, uma besta (equipamento que lança flechas) e supostos coquetéis molotovs para efetuar o ataque. Um dos assassinos usou também um machado para golpear os alunos que tentavam escapar enquanto o outro criminoso realizava disparos. Também foi encontrada dentro da escola uma mala com fios, o que levou o esquadrão antibombas a esvaziar o local para realizar a inspeção. O grupamento, no entanto, concluiu que não havia explosivos na mochila.
Após o massacre, o Guilherme (o atirador mais novo) matou Henrique e, em seguida, matou a si próprio, segundo informou a polícia. As causas do ataque ainda são desconhecidas. O veículo utilizado pelos atiradores passou por perícia ainda na tarde de hoje.
O governador João Doria (PSDB) decretou luto oficial de três dias no Estado. Situada no bairro Parque Suzano , a Escola Estadual Professor Raul Brasil, palco do massacre em Suzano , recebe alunos dos anos finais do ensino fundamental e também do ensino médio. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, o centro educacional atende atualmente 1.058 alunos.