Um laudo feito pelo Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo apontou que o caminhão que colidiu com o helicóptero que levava Ricardo Boechat não estava correndo no momento do acidente. De acordo com o relatório, o veículo estava a 40km/h quando bateu na aeronave, causando a morte do jornalista e do piloto Ronaldo Quattrucci.
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Após sofrer com um problema ainda não identificado, o helicóptero que levava Boechat começou a perder altura, fazendo com que o piloto tentasse um pouso forçado. Quando a aeronave estava perto do chão, acabou colidindo com o caminhão. O motorista João Adroaldo Tomackeves sobreviveu ao acidente sem lesões graves.
Em entrevista ao portal G1
, que teve acesso aos laudos, o delegado Alexandre Marcos Kerckhof Cardoso e Silva, do 46º Distrito Policial (DP), em Perus, onde o caso foi registrado, falou sobre a investigação. "Em análise é o tacógrafo, que é o equipamento que mede a velocidade do automóvel. A velocidade na hora do impacto era de 40 km/h, que é compatível com a via, o limite da via", explicou.
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"Ele [o motorista] mesmo alega que sequer teve ciência do que aconteceu. Ele foi atingido em cheio, não teve tempo de ver, freou posteriormente ao impacto, e só tomou ciência do que o atingiu depois que foi retirado do caminhão
", completou o delegado, que ainda disse que o motorista não deve ser criminalizado. "Uma fatalidade. O piloto realizou a manobra de emergência e o motorista do caminhão também vinha em velocidade compatível", afirmou.
Boechat tinha 66 anos, era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e tinha uma coluna semanal na revista ISTOÉ . O jornalista nasceu em Buenos Aires, na Argentina, quando o pai Dalton Boechat, diplomata, estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores.
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Dono de um humor ácido, usava essa característica para noticiar fatos e criticar situações. O tom era frequente nos comentários de rádio, televisão e também na imprensa escrita. Ricardo Boechat deixou mulher, cinco filhas e um filho.