"Ninguém quer confusão", diz comandante do Exército sobre fronteira da Venezuela

General Pujol reafirmou a posição do brasil e do Grupo de Lima pela não intervenção militar no país comandado por Nicolás Maduro; entenda a crise

Situação na fronteira da Venezuela com o Brasil está mais calma, diz comandante do Exército brasileiro
Foto: Reprodução/Instagram
Situação na fronteira da Venezuela com o Brasil está mais calma, diz comandante do Exército brasileiro

O comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, afirmou nesta terça-feira (26) que, depois de dias de intensos confrontos na fronteira do Brasil com a Venezuela, a situação no local amanheceu hoje mais traqnuila. Para o comandante, essa é uma boa notícia, pois "ninguém quer confusão por lá".

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"Felizmente os ânimos se acalmaram lá, para todos nós. Óbvio que todos nós queremos a paz, ninguém quer confusão”, afirmou o general, ao sair de um encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ainda em sua declaração, o comandante do Exército reafirmou a posição do Brasil e do Grupo de Lima pela não intervenção militar na Venezuela .

Apesar do clima mais tranquilo, Pujol não deu previsão de quando a missão brasileira na fonteira será encerrada. “Estamos lá com duas missões. A primeira é a nossa operação de acolhida [de refugiados], que vai continuar. Também [ há outra] para garantir a lei e a ordem, numa operação pedida pelo governo do estado [de Roraima]", afirmou.

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Ontem, 14 países enviaram representantes a uma reunião, do Grupo de Lima e dos Estados Unidos, em Bogotá, na Colômbia, que tratou da crise no país vizinho. Na ocasião, o vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão , que representava o Brasil no evento, defendeu que uma nova eleição fosse organizada entre os venezuelanos, para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder. 

“O Brasil acredita firmemente que é possível devolver os venezuelanos ao convívio democrático das Américas sem qualquer medida extrema, que nos confunda como nações democráticas, com aquelas que serão julgadas pela história como agressores, invasoras e violadoras das soberanias nacionais”, disse Mourão

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"O momento é de solidariedade interamericana, desvestida de ideologia e sectarismo, uma solidariedade sensível à crise humana e moral que se abate de maneira contundente sobre a Venezuela ", afirmou o vice-presidente brasileiro.

* Com informações da Agência Brasil.