A Polícia Civil de São Paulo anunciou que prendeu Valter Luz Caires, conhecido como Pigmeu, membro de alto escalão da facção criminioso Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi detido em um condomínio em Mongaguá, que fica no litoral do estado.
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A prisão do membro do PCC faz parte da execução da Operação Protocola Fantasma, que cumpre mandados de busca e apreensão na capital paulista, no interior do estado, e nos estados do Paraná, Pernambuco, Tocantins e Mato Grosso do Sul.
De acordo com as investigações, Pigmeu tinha a função de "ponteiro" dentro da facção. Ele seria o responsável pelo envio de armas e drogas para organizações criminosas parceiras, além de também ter autonomia para ordenar ataques e execuções.
Membros do PCC foram para presídios federais
O Governo do Estado de São Paulo tranferiu o líder do PCC, Marco Erbas Camacho, o Marcola, e mais 21 integrantes da facção criminosa para presídios federais no último dia 13.
De acordo com o governo paulista, o isolamento dos líderes da facção é "estratégia necessária para o enfrentamento e o desmantelamento de organizações criminosas". O governador João Doria (PSDB) concede entrevista nesta tarde a respeito da medida.
O sistema penitenciário federal conta com cinco presídios: em Campo Grande (MS), Mossoró (RN), Porto Velho (RR), Brasília (DF) e Caranduvas (PR). Marcola foi para o complexo rondoniense.
Os detentos foram levados para o aeroporto da cidade de Presidente Prudente para serem transferidos. Sete deles tiveram o pedido de transferência expedido após o envolvimento em ataques a agentes públicos e assassinatos de rivais.
A transferência de Marcola tem relação com a descoberta em 2018 de um plano de fuga que pretendia se valer de um exército de mercenários para o resgate dele e de parte da cúpula da facção. Cartas interceptadas na saída do presídio mostram que o líder do PCC pedia também a morte de um promotor, caso fosse transferido.
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A transferência chegou a causar um racha nos meses de governo de Márcio França (PSB). Um lado defendia a mudança e outros temiam represálias por parte da organização criminosa , e exemplo do que aconteceu em 2006, quando ataques foram realizados em represália à transferência de 765 presos para Presidente Venceslau. 59 agentes de segurança foram mortos em cinco dias.
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Ao mesmo tempo que ocorria a transferência de Marcola e dos outros 21 membros do PCC, a Polícia Militar desencadeo a Operação São Paulo Mais Seguro em todo o Estado de São Paulo, com a finalidade de garantir a continuidade da redução dos indicadores criminais, aumentando a presença ostensiva para melhorar a percepção de segurança das pessoas e combater o crime.