Mais corpos foram encontrados em Brumadinho (MG) e chega a 171 o número de mortos na tragédia do rompimento da barragem de rejeitos da Vale, segundo atualização divulgada pela Defesa Civil do Estado de Minas Gerais na tarde desta quarta-feira (20).
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Ainda de acordo com a Defesa Civil, os corpos de todas as vítimas encontradas em Brumadinho já foram identificados. Hoje é o 27º dia de buscas e 139 pessoas continuam na lista de desaparecidos.
Quase um mês após o rompimento da barragem, o corpo de bombeiros continua trabalhando com um efetivo de 121 militares. Além disso, 52 cães farejadores ajudam nas buscas.
São usadas também 52 máquinas, para conseguir adentrar as camadas secas de lama, e quatro aeronaves. No início do mês, os bombeiros começaram a usar 250 aparelhos de geolocalização, para acompanhar o posicionamento dos bombeiros e possibilitar o pedido de socorro ou apoio.
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No domingo (17), o corpo de bombeiros anunciou em comunicado que havia iniciado uma nova fase nas buscas: “Uma ação muito importante que iniciamos no dia de hoje foi o rompimento estrutural [demolição] da estrutura colapsada da ITM com maquinário pesado, inclusive com tesoura hidráulica”. De acordo com os bombeiros, esse tipo de acesso é importante na localização de eventuais corpos que estejam em locais até então inacessíveis.
“É um trabalho meticuloso, uma vez que existem cilindros de acetileno e GLP [gás liquefeito de petróleo] no local e atmosferas que demandam utilização de equipamentos especiais para respiração”, acrescentou o texto.
Nesta terça-feira (19), a Defesa Civil divulgou que, como parte do conjunto de ações de resposta ao desastre, foram instaladas placas de sinalização na estrada que liga o Tejuco ao Córrego do Feijão, em Brumadinho. As placas ajudam quem transita pelo local, prevenindo novos acidentes.
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No dia 25 de janeiro, a barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão, que pertence à Vale e está localizada em Brumadinho , cidade da Grande Belo Horizonte, se rompeu. Parte do município foi invadido pela lama e pelos rejeitos de minério, deixando centenas de mortos e feridos. Muitas das vítimas são funcionários ou terceirizados da própria Vale, que tinha um complexo administrativo no local.