O Ministério de Minas e Energia determinou a instauração de processo administrativo para obter informações referentes ao rompimento da barragem da mineradora Vale na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), no último dia 25. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União na manhã desta segunda-feira (11).
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De acordo com o texto, o processo administrativo servirá para a adoção de providências que se fizerem necessárias quanto à prevenção, controle e mitigação das consequências dos danos provocados pelo rompimento em Brumadinho
, bem como para a adoção de providências quanto à segurança de barragens.
Até a última atualização, feita no final da tarde deste domingo (10), a tragédia em Brumadinho contabilizava 165 mortos e 160 desaparecidos, entre funcionários da mineradora, terceirizados que prestavam serviços à Vale e membros da comunidade. Há ainda 138 pessoas desabrigadas e duas seguem hospitalizadas – 17 dias após o rompimento da barragem.
Entenda a tragédia de Brumadinho
No início da tarde de 25 de janeiro, a barragem 1 da Mina do Corrégo do Feijão , que pertence à Vale e está localizada em Brumadinho, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, se rompeu. O município foi invadido pela lama e pelos rejeitos de minério, deixando centenas de mortos e feridos.
Muitas das vítimas são funcionários ou terceirizados da própria Vale , que tinha um complexo administrativo no local. O refeitório da empresa ficava muito perto da barragem rompida e foi totalmente soterrado.
Integrantes do Governo Federal já admitiram que não será possível resgatar os corpos de todas as vítimas da tragédia. “Este é um episódio de muita gravidade. Algumas pessoas, triste e lamentavelmente, não serão recuperadas", disse o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, após reunião do comitê de crise montado para acompanhar a situação.
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Após a tragédia de Brumadinho , dois engenheiros que atestaram a segurança da barragem, além de três funcionários da Vale, foram presos. Os cinco já foram soltos. O governo afirmou que "tomará medidas" para impedir tragédias parecidas e falou em aumentar a fiscalização. Ainda em recuperação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) viajou à cidade mineira antes de ser internado.