Número de mortos na tragédia de Brumadinho vai a 157; 182 estão desaparecidos

Bombeiros contam agora com aparelhos, que permitem a localização em tempo real dos homens da corporação, que podem solicitar apoio e socorro

Equipes de resgate em Brumadinho em Minas Gerais
Foto: Ricardo Stuckert / Fotos Públicas
Equipes de resgate em Brumadinho em Minas Gerais

A Defesa Civil de Minas Gerais e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmaram, na tarde desta quinta-feira (6), que o número de mortos na tragédia de Brumadinho subiu para 157. Ainda de acordo com as autoridades, 182 vítimas seguem desaparecidas, incluindo 55 funcionários da mineradora e 127 trabalhadores terceirizados ou moradores da comunidade. Do total de vítimas, 134 corpos foram identificados. 

Neste 14º dia de buscas em Brumadinho (MG), o Corpo de Bombeiros informou que os profissionais que estão atuando na chamada ‘zona quente’ contam agora com o apoio de 250 aparelhos de geolocalização. Segundo o tenente-coronel Anderson Passos, o equipamento permite acompanhar a localização dos bombeiros, que podem pedir apoio ou socorro.

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A tecnologia é também uma ferramenta de segurança para os homens que trabalham nas buscas em Brumadinho . Ainda segundo Passos, o dispositivo marca, por exemplo, quantos passos foram dados por cada bombeiro e por onde eles passaram.

O tempo amanheceu nublado e com chuva fina hoje na região, o que impediu o uso de helicópteros nas buscas, uma vez que a falta de visibilidade limita o voo. Os 492 bombeiros estão divididos em 38 equipes e se deslocam em viaturas. Nesta manhã, cerca de 50 homens em 16 viaturas reviraram a lama.

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Na quarta-feira (6) o Corpo de Bombeiros informou, em coletiva de imprensa, que as buscas estavam concentradas em dois pontos: a área do vestiário e o estacionamento da Vale . Máquinas pesadas auxiliam fazendo escavações profundas na área. Ainda de acordo com a corporação, três corpos, veículos e destroços do vestiário da Vale foram encontrados em um dos pontos.

O porta-voz dos bombeiros, tenente Pedro Aihara, assegurou que a possível suspensão definitiva das buscas é boato. “Não haverá término das operações. Pela característica da área e número de corpos, a operação ainda levará muito tempo”.

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A barragem da Mina do Córrego do Feijão, controlada pela Vale, se rompeu no dia 25 de janeiro. O mar de lama destruiu a  sede administrativa e o refeitório da empresa. Parte da cidade de Brumadinho , na Grande Belo Horizonte, também foi atingida.