A Prefeitura de São Paulo anunciou, na noite desta sexta-feira (28), que o valor da passagem de ônibus será reajustado para R$ 4,30 a partir do dia 7 de janeiro. Hoje, o preço cobrado é de R$ 4,00. O aumento de 7,5% é mais de duas vezes maior do que a inflação estimada para 2018, de R$ 3,69%.
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Segundo a Prefeitura, o aumento da passagem de ônibus foi baseado na inflação acumulada dos últimos três anos, de 13,06%, de acordo com o IPC-Fipe. "Por dois anos, em 2016 e em 2017, a tarifa não sofreu qualquer reajuste, mantendo-se no valor de R$ 3,80, impactando significativamente o orçamento da Prefeitura", afirmou em nota. "Agora, a Prefeitura realiza uma necessária adequação da receita para reduzir o desequilíbrio do sistema”.
A Prefeitura normalmente anuncia o aumento da passagem de ônibus junto aos reajustes das tarifas do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) promovidos pelo governo do estado. Ao jornal O Estado de S. Paulo , porém, o governador Márcio França (PSB) informou que ainda não havia fechado os valores para o ano que vem.
A tarifa integrada com os trens da CPTM e do Metrô , que atualmente custa R$ 6,96, não teve o novo valor divulgado. A Prefeitura decidiu dar continuidade aos subsídios concedidos para os passageiros, mantendo as gratuidades para idosos, estudantes de baixa renda e pessoas com deficiência.
Os passageiros que carregarem seus bilhetes únicos até as 23h59 do dia 6 de janeiro poderão viajar pagando a tarifa antiga até o crédito terminar. Na capital paulista, o Bilhete Único dá direito a três viagens de ônibus no intervalo de três horas.
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Confira como ficarão as novas tarifas cobradas nos ônibus:
Ônibus municipais (SPTrans): de R$ 4,00 para R$ 4,30
Bilhete Diário comum (válido por 24 horas): de R$ 15,30 para R$ 16,40
Bilhete Mensal comum (válido por 30 dias): de R$ 194,30 para R$ 208,90
Mudanças no vale-transporte
Ao contrário da gratuidade para idosos, estudantes de baixa renda e pessoas com deficiência, o vale-transporte das empresas deixará de ser subsidiado pelos impostos municipais pagos pela população paulistana. Daqui a 30 dias, o valor devido pelo empregador será de R$ 4,57. Para o trabalhador, nada muda: o desconto de 6% em folha de pagamento definido pela legislação trabalhista segue valendo.
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A mudança para as empresas é justificada, de acordo com a Prefeitura, pelo aumento nas despesas com os subsídios concedidos. Em 2013, as empresas de ônibus recebiam R$ 1,6 bilhão para arcar com as gratuidades. No ano passado, porém, o repasse da administração municipal foi de R$ 2,9 bilhões, um aumento de 81,25%. Para 2018, a previsão é de que os subsídios para a passagem de ônibus custem R$ 2,7 bilhões.