Criado para combater o desenvolvimento do crime organizado no País, o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNOC) está trabalhando desde as primeiras horas desta terça-feira (4), em uma megaoperação que acontece, simultaneamente, em 15 estados brasileiros. A operação tem como alvo membros de facções criminosas.
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Ao todo, são cumpridos nesta terça 266 mandados de prisão e outros 203 de busca e apreensão. Entre as facções criminosas envolvidas como alvo da megaoperação estão o Primeiro Comando da Capital (PCC), de origem paulista; o Comando Vermelho (CV), Terceiro Comando Puro (TCP) e Amigo dos Amigos (ADA), três cariocas; o Primeiro Comando de Vitória (PCV), que é capixaba, e a OKAIDA RB, uma dissidência paraibana da OKAIDA.
Por conta dessa abrangência nacional, dez Grupos de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECOs) do Ministério Público participam da operação, que acontece no Acre, no Alagoas, no Distrito Federal, no Espírito Santo, em Goiás, em Mato Grosso do Sul, em Pernambuco, na Paraíba, no Paraná, no Rio de Janeiro, em Roraima, no Rio Grande do Sul, e, São Paulo e no Tocantins.
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“O Ministério Público brasileiro, por meio do GNCOC e dos Gaecos
, vem adotando medidas eficientes no desmantelamento e prisão dos principais líderes das facções criminosas presentes em território nacional", disse Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, procurador-geral de Justiça de Alagoas e coordenador do Grupo Nacional.
"É uma luta baseada na inteligência e com foco na desestruturação desses organismos criminosos violentos. Vamos vencer, tenho certeza disso “, declarou em entrevista ao jornal local Tribunal Hoje .
Só em São Paulo, são cumpridos 69 mandados, sendo 59 de prisão e 10 de busca e apreensão. No estado paulista, o principal alvo é o PCC , facção de origem local. A ação do Ministério Público ocorre hoje nos municípios de Americana, Arujá, Cerquilho, Guarulhos, Hortolândia, Jaboticabal, Limeira, Moji das Cruzes, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio das Pedras e Santa Bárbara D’Oeste. Todas elas contam com o apoio das Polícias Militar e Civil.
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A mídia local do Tocantins também afirmou que, no estado, é feita uma inspeção na Casa de Prisão Provisória de Palmas, com o objetivo apreender armas, drogas, explosivos, aparelhos de comunicação móvel e cadastros de pessoas relacionadas às facções criminosas .
* Com informações da Agência Brasil.