Aluno morre após ingerir cloro em piscina de academia do interior de São Paulo

Samuel Rodrigues Squarisi, de 38 anos, ficou internado na UTI do Hospital das Clínicas, em Campinas, mas os médicos não conseguiram tirar o produto químico de seu organismo; outras duas pessoas estão em estado grave

Piscina da academia onde aluno morreu após se intoxicar com cloro
Foto: Reprodução/Facebook
Piscina da academia onde aluno morreu após se intoxicar com cloro


Um aluno de uma academia de Campinas, interior de São Paulo, morreu na noite desta sexta-feira (30) por intoxicação por cloro. Samuel Rodrigues Squarisi, de 38 anos, ingeriu a substância enquanto fazia uma aula de natação. O gás foi formado após a mistura de dois produtos utilizados para a limpeza da água.

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O funcionário responsável por fazer o tratamento da água da piscina fez a mistura das substâncias e imediatamente o produto gerado começou a borbulhar, devido ao gás liberado em forma de cloro . No momento do acidente, além de Samuel, outros sete alunos, além do professor, estavam em aula.

Ao perceber que o material borbulhava, o funcionário gritou para que todos deixassem o local. O gás, porém, já tinha tomado conta dos pulmões de alguns alunos. Além de Samuel Rodrigues Squarisi, outras duas pessoas foram internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas da Unicamp e seguem em estado grave, correndo risco de vida.

Por meio de suas redes sociais, a academia de Campinas emitiu uma nota lamentando a morte de Samuel e comentando o caso. A empresa se colocou à disposição dos familiares, bem como prometeu a contratação de profissionais competentes para apurar o que aconteceu de fato.

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“A HydroCenter Academia, através de sua direção, solidariza-se com os alunos e familiares, vítimas de inalação de produto químico derivado, provavelmente, de cloro destinado ao tratamento da piscina da academia. Faz-se importante esclarecer que apenas algumas pessoas estiveram expostas ao produto, haja vista que aquele estava preparado para ser colocado na água ao final das aulas regulares”, esclareceu a academia.

A piscina foi interditada pela Vigilância de Saúde de Campinas e assim permanecerá até que um novo laudo de liberação seja registrado. A Prefeitura afirmou que a academia não tinha licença de funcionamento da Vigilância Sanitária (Anvisa).

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O cloro , quando no estado gasoso, é tóxico para o corpo humano e, assim que chega aos pulmões, provoca problemas respiratórios, náuseas e vômitos. Quando ingerido em grande quantidade, faz o papel de envenenamento, levando a vítima ao óbito.