14º Batalhão da Polícia Militar do Paraná apreendeu bombas, armas e munições na casa do aluno
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14º Batalhão da Polícia Militar do Paraná apreendeu bombas, armas e munições na casa do aluno

O pai do adolescente de 15 anos que  atirou contra os colegas em uma escola no Paraná foi preso por porte ilegal de arma e omissão de cautela, informou a Polícia Civil. Ele está detido desde sexta-feira (28) na cadeia pública de Medianeira, no oeste do estado. A pena é de três anos para porte ilegal de arma e dois anos para a omissão.

aluno e outro adolescente que teria apoiado o ataque foram transferidos da cadeia pública de Medianeira, que fica a 60 quilômetros de Foz do Iguaçu, na noite de ontem para o Centro de Socioeducação (Cense) de Foz.

Na manhã de sexta-feira, o adolescente levou uma arma, que seria de seu pai, para o Colégio Estadual João Manoel Mondrone e disparou contra os alunos. O Corpo de Bombeiros de Medianeira informou que dois estudantes ficaram feridos.

Um deles, de 15 anos,  recebeu um tiro e foi atingido na região lombar da coluna. De acordo com a corporação,  a bala ficou alojada e o jovem foi transferido para o Hospital do Trabalhador, em Curitiba.  O outro colega, de 18 anos, foi atingido de raspão em uma das pernas. Nenhum dos dois corre risco de morrer.

Além do suspeito, outro adolescente também foi levado para a delegacia. Os dois estavam escondidos em uma sala fechada quando a Polícia Militar os encontraram. Segundo a polícia, os jovens teriam atirado contra os agentes, que revidaram, mas ninguém ficou ferido.  Com eles, foram apreendidos um revólver calibre 22, munição e uma faca.

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Antes dos disparos os dois adolescentes teriam explodido bombas artesanais que eles mesmos haviam produzido em casa. Algumas feitas com bombinhas amarradas em vidros de álcool e desodorante.

Os policiais foram até as residências dos estudantes e apreenderam mais bombas, arma de pressão e arma de fogo, que era do pai do aluno. Uma carta com pedido de desculpas também foi encontrada com os materiais escolares do suspeito, além de recortes de jornais de ataques em escolas dos Estados Unidos e do Brasil.

À polícia, o  aluno que atirou declarou que estava sofrendo bullying e culpou os próprios colegas pelo seu ato. Antes do ataque, ele havia gravado um vídeo .

"Peço que os familiares tenham compreensão para os meus atos pois os seus filhos me humilharam, me ameaçaram e me exporam [sic] de uma maneira que não tem mais perdão. E hoje eles vão ver", diz o estudante.

"Quero me desculpar pelo incômodo que vou causar às equipes policiais e, aos médicos, se ferirem e não matar [sic], espero que façam um ótimo trabalho", completou o aluno do Colégio Estadual João Manoel Mondrone, que não exibiu o rosto em nenhum momento do vídeo, mas se mostrou nitidamente inquieto.

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