Paulistano perde 2h43 por dia no trânsito e vê ineficácia no combate a assédios

Segundo levantamento da Rede Nossa São Paulo, maioria dos moradores da cidade deixa de sair de casa por conta do preço da passagem de ônibus

Moradores da cidade de São Paulo perdem cerca de 2h43 por dia no trânsito, segundo pesquisa da Rede Nova São Paulo
Foto: Jéssica Maria/ iG São Paulo
Moradores da cidade de São Paulo perdem cerca de 2h43 por dia no trânsito, segundo pesquisa da Rede Nova São Paulo

Diminuiu o tempo médio que os  moradores de São Paulo levam para se deslocar diariamente pela cidade, segundo pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo e divulgada nesta terça-feira (18). Ainda assim, os paulistanos passam, em média, 2h43 no trânsito da capital paulista todos os dias. No ano passado, esse tempo era estimado em 2h53. Trata-se da segunda queda consecutiva no indicador já que, em 2016,  os paulistanos passavam média de 2h58 no trânsito.

De acordo com o levantamento, os moradores das zonas sul e norte da capital paulista são os que mais perdem tempo se deslocando por São Paulo : 2h56 e 2h49, respectivamente. 

A pesquisa aponta que metade da população da maior cidade do País utiliza ônibus municipais de uma a cinco vezes por semana. A maior concentração de usuários dos ônibus está na zona norte da cidade, onde 57% dos entrevistados disseram utilizar o serviço. 

Os moradores das zonas sul, norte, e oeste elegeram a lotação dos veículos como principal empecilho para o uso dos ônibus. Já na zona leste, a maioria daqueles que evitam o ônibus opta pelo uso do carro, enquanto na região central da cidade, a busca por alternativas de transporte mais rápidas se sobressai.

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Passagem do ônibus em São Paulo é cara e combate a assédio, ineficiente

Foto: Divulgação/SPTrans
Entre moradores de São Paulo que não utilizam transporte público, melhora no conforto seria principal fator de mudança

A lotação mais uma vez foi apontada como o problema prioritário dos ônibus na cidade. Em 2017, 23% dos paulistanos viam esse fator como principal deficiência no transporte público, índice que passou para 25% no levantamento deste ano. Já o preço da passagem se manteve como o segundo problema prioritário dos ônibus municipais, na visão dos usuários. Um em cada cinco moradores da cidade reclamam que a tarifa cara é o maior problema do serviço. 

O preço da passagem, aliás, é responsável por impedir que 51% dos paulistanos realizem atividades de lazer ou visitas a amigos e familiares, conforme mostra a pesquisa. 

Dentre os entrevistados que disseram nunca utilizar o transporte coletivo na cidade, 34% afirmaram que deixariam o carro na garagem caso houvesse mais conforto nas modalidades de transporte público paulistanas. Outros 31% disseram que se tornariam usuários do serviço caso o tempo de espera nos pontos, estações e terminais fosse menor.

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Questionados sobre a atuação do poder público no combate a casos de assédio sexual no transporte público, 51% dos entrevistados disseram avaliar essas ações como ruins ou péssimas, enquanto 30% avaliaram como regular e apenas 13% disseram ver a atuação dos governos como boa ou ótima.

O levantamento da Rede Nossa São Paulo foi realizado a partir de entrevistas com 800 moradores de todas as regiões da cidade.