Diminuiu o tempo médio que os moradores de São Paulo levam para se deslocar diariamente pela cidade, segundo pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo e divulgada nesta terça-feira (18). Ainda assim, os paulistanos passam, em média, 2h43 no trânsito da capital paulista todos os dias. No ano passado, esse tempo era estimado em 2h53. Trata-se da segunda queda consecutiva no indicador já que, em 2016, os paulistanos passavam média de 2h58 no trânsito.
De acordo com o levantamento, os moradores das zonas sul e norte da capital paulista são os que mais perdem tempo se deslocando por São Paulo : 2h56 e 2h49, respectivamente.
A pesquisa aponta que metade da população da maior cidade do País utiliza ônibus municipais de uma a cinco vezes por semana. A maior concentração de usuários dos ônibus está na zona norte da cidade, onde 57% dos entrevistados disseram utilizar o serviço.
Os moradores das zonas sul, norte, e oeste elegeram a lotação dos veículos como principal empecilho para o uso dos ônibus. Já na zona leste, a maioria daqueles que evitam o ônibus opta pelo uso do carro, enquanto na região central da cidade, a busca por alternativas de transporte mais rápidas se sobressai.
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Passagem do ônibus em São Paulo é cara e combate a assédio, ineficiente
A lotação mais uma vez foi apontada como o problema prioritário dos ônibus na cidade. Em 2017, 23% dos paulistanos viam esse fator como principal deficiência no transporte público, índice que passou para 25% no levantamento deste ano. Já o preço da passagem se manteve como o segundo problema prioritário dos ônibus municipais, na visão dos usuários. Um em cada cinco moradores da cidade reclamam que a tarifa cara é o maior problema do serviço.
O preço da passagem, aliás, é responsável por impedir que 51% dos paulistanos realizem atividades de lazer ou visitas a amigos e familiares, conforme mostra a pesquisa.
Dentre os entrevistados que disseram nunca utilizar o transporte coletivo na cidade, 34% afirmaram que deixariam o carro na garagem caso houvesse mais conforto nas modalidades de transporte público paulistanas. Outros 31% disseram que se tornariam usuários do serviço caso o tempo de espera nos pontos, estações e terminais fosse menor.
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Questionados sobre a atuação do poder público no combate a casos de assédio sexual no transporte público, 51% dos entrevistados disseram avaliar essas ações como ruins ou péssimas, enquanto 30% avaliaram como regular e apenas 13% disseram ver a atuação dos governos como boa ou ótima.
O levantamento da Rede Nossa São Paulo foi realizado a partir de entrevistas com 800 moradores de todas as regiões da cidade.