Os horários de votação nas Eleições 2018 permaneceram obedecendo aos fusos horários locais, sempre das 8h às 17h em todas as unidades da Federação. Por unanimidade, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nesta quinta-feira (9), não unificar o horário com o de Brasília.
A sugestão de alteração havia sido apresentada pelo ministro Gilmar Mendes, que propôs o término da votação unificado pelo horário de Brasília, de modo a uniformizar a apuração nas Eleições 2018 .
Para que os resultados fossem apurados no mesmo momento, porém, seria necessária uma antecipação do início da votação em estados como o Acre, cujo fuso horário é ao menos duas horas atrasado em relação ao horário de Brasília .
“Parece que qualquer das soluções possíveis revela aspectos positivos e negativos”, disse a ministra Rosa Weber, que será presidente do TSE durante as eleições. Ela elogiou a iniciativa de Gilmar Mendes, mas votou por manter os horários atuais. Segundo a ministra, "inúmeras dificuldades implicariam o início das eleições, devido ao fuso horário, ainda pela madrugada”.
O atual presidente do TSE, ministro Luiz Fux, disse ter recebido diversas reivindicações de presidentes de tribunais regionais eleitorais (TREs) para que fossem mantidos os horários. Ele lembrou haver “estados bem carentes que teriam que começar a distribuir o material às 3 horas da manhã”.
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Eleitorado nas Eleições 2018
Nos últimos quatro anos, o eleitorado brasileiro aumentou 3,14% saltando de 142.822.046 votantes, em 2014, para 147.302.354 em 2018. Os eleitores estão distribuídos pelos 5.550 municípios e em 171 localidades de 110 países. Os dados foram divulgados no último dia 1º pelo TSE.
Segundo o tribunal, há ainda 1.409.774 eleitores que não poderão votar nem se candidatar, por estarem com os direitos políticos suspensos. De acordo com o TSE , a maioria do eleitorado brasileiro é formada por mulheres, com 77.337.918 (52,5%), enquanto os homens somam 69.901.035 (47,5%). Em 2014, as mulheres eram 74.459.424 (52,13%) e os homens, 68.247.598 (47,79%).
Os dados divulgados sobre as Eleições 2018 apontam ainda um crescimento expressivo dos eleitores no exterior nos últimos quatro anos, passando de 354.184 para 500.727 eleitores, aumento de 41,37%. O atual presidente do tribunal, ministro Luiz Fux, atribuiu o aumento ao esforço conjunto entre a Justiça Eleitoral e o Ministério das Relações Exteriores para facilitar o cadastro de eleitores residentes em outros países.