Novo levantamento feito pelo Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar) neste sábado (2) estima um prejuízo de ao menos R$ 1,54 bilhão (ou US$ 410 milhões) ao Porto de Santos, no litoral de São Paulo, após a greve dos caminhoneiros, que durou 11 dias. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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Ainda segundo o Sindamar, as perdas podem ultrapassar esse valor, uma vez que fizeram “um cálculo conservador”. Na primeira estimativa realizada pelo sindicato, divulgada na quarta-feira (30), o setor de navegação no Porto de Santos poderia perder algo em torno de R$ 376 milhões – o que, posteriormente, foi bastante aumentado.
O porto só foi completamente liberado pelos caminhoneiros na madrugada da sexta-feira (1º), quando ainda restavam 1,6 mil manifestantes no local. A decisão de desbloquear o porto aconteceu depois de uma assembleia entre as associações e o governador de São Paulo, Márcio França. Na ocasião, França destacou o diálogo entre as partes como “o melhor caminho para enfrentar as crises”.
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Apesar da retirada dos bloqueios e do fim das manifestações
, a Polícia Militar, as tropas do Exército e da Marinha – que já estavam no porto desde a quarta-feira – continuaram no local, a fim de fazer segurança e evitar novas manifestações.
Novas preocupações no Porto
Ao jornal Folha de São Paulo, o diretor-executivo do Sindamar, José Roque, disse que existe a preocupação de que se formem filas muito grandes de caminhões no porto, uma vez que “exportadores têm pressa de retirar os contêineres vazios de lá”. De acordo com ele, “tem muita carga depositada, [que] atrapalha a parte operacional”.
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“Isso afetou toda a cadeia logística do comércio exterior e são prejuízos difíceis de serem recuperados”, explicou.
De acordo com José Roque, o Sindamar calcula que mais de 500 mil toneladas de cargas deixaram de embarcar no Porto de Santos durante a greve dos caminhoneiros.