Atos do 1º de Maio lembram Marielle, apoiam Lula e criticam reforma trabalhista

Reforma da Previdência e a Emenda Constitucional 95 – que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos – também estão na pauta dos manifestantes

Ato em Curitiba reúne manifestantes nesta terça, 1º de Maio; Dia do Trabalhador terá como sede a capital paranaense
Foto: Reprodução/Twitter
Ato em Curitiba reúne manifestantes nesta terça, 1º de Maio; Dia do Trabalhador terá como sede a capital paranaense

Convocados por centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), em conjunto com a Frente Brasil Popular e movimento Povo Sem Medo, manifestantes se reúnem, em todo o Brasil, em protestos pelo Dia do Trabalhador, comemorado neste 1º de maio

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Na região central de Brasília, um ato pede justiça após a morte da vereadora Marielle Franco (Psol), assassinada a tiros no Rio de Janeiro. A mesma manifestação do Dia do Trabalhador também critica a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está detido na sede da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 7 de abril.

“O mote do 1º de Maio em todo o País é 'Marielle Vive' e 'Lula Livre', porque são duas figuras que representam muito o retrocesso, a violência, o ódio e a perseguição que a gente vive no Brasil”, afirmou o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antônio Lisboa.

De acordo com Lisboa, o grupo em Brasília também protesta contra as reformas trabalhista e da Previdência e contra a Emenda Constitucional 95, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos.  “Outro ponto [do ato] é a defesa da democracia e dos direitos das minorias, dos povos indígenas, negros, mulheres”, disse o dirigente da CUT.

Dia do Trabalhador em Curitiba

Embora Brasília seja a capital do País, no dia 1º de maio, é São Paulo quem costuma ser a sede da maior manifestação política das centrais sindicais.

Neste ano, porém, as principais lideranças prometem impulsionar um grande ato em Curitiba, cidade escolhida como foco das manifestações, por ser considerada a 'capital da resistência' desde o início do mês, em decorrência da prisão de Lula – detido na superintendência da PF, na capital paranaense.

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O ato em Curitiba está marcado para as 14h, na Praça Santos Andrade, no centro da cidade. Porém, desde cedo, manifestantes já se reúnem no local. A praça fica a cerca de nove quilômetros da sede da Polícia Federal, onde o ex-presidente passou os últimos 24 dias.

Além dos discursos de aliados de Lula, também estão previstas para esta tarde apresentações culturais e shows de artistas como as cantoras Ana Cañas, Beth Carvalho e Maria Gadu e o rapper Renegado.

De acordo com as próprias centrais e o PT, a manifestação em Curitiba marcará a primeira vez desde a redemocratização em que as maiores entidades sindicais promovem um ato unificado.

Estarão no palanque deste Dia do Trabalhador líderes de Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT), entre outras, além das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular e de movimentos sociais aliados ao PT, como MST, MTST e UNE.

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* Com informações da Agência Brasil.