Nélio Georgini é coordenador especial da Diversidade Sexual da prefeitura e tem atuado para garantir os direitos humanos
Divulgação/PRB
Nélio Georgini é coordenador especial da Diversidade Sexual da prefeitura e tem atuado para garantir os direitos humanos

O coordenador Especial da Diversidade Sexual da prefeitura do Rio de Janeiro, Nélio Georgini da Silva, passou por um ataque a tiros na tarde de domingo (1º), na zona norte da cidade.

Leia também: Testemunhas de morte de Marielle foram expulsas do local pela PM, diz jornal

O coordenador de diversidade sexual afirma que o ocorrido se deu por volta das 14h30, entre os bairros de Benfica e Rocha. O carro de Georgini foi perseguido por dois suspeitos em uma moto, que dispararam ao menos seis vezes. Ninguém que estava no carro se feriu.

“Eles estavam usando capacetes e apontaram as armas para o meu carro. Fugimos pela rua Ana Nery quando os motoqueiros emparelharam o carro e [atiraram]”, afirmou o coordenador.

De acordo com Georgini, seu carro foi seguido depois de sair de um restaurante onde ele, o marido e outros familiares estavam. “Acredito que fomos seguidos do restaurante até o bairro do Rocha, onde fui deixar meus pais em casa”, informou ele em uma nota à imprensa.

Em suas redes sociais, o coordenador desabafou e ainda aproveitou para criticar a intervenção federal na segurança pública do estado. “Seríamos outros para a estatística de uma cidade roubada, acabada que vive da maquiagem de uma intervenção que até agora nenhuma mosca prendeu” Não há um militar na zona norte!”, escreveu.

O coordenador informou que prestaria queixa sobre o crime no 15º DP, na Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (2).

Você viu?

Nélio Georgini é filiado ao PRB, mesmo partido de Marcelo Crivella, prefeito da cidade do Rio de Janeiro. Evangélico da igreja presbiteriana, homossexual e militante na área de educação, o coordenador é casado há oito anos com o bancário Ronie Adams, e assumiu a pasta da Diversidade Sexual do Rio em 2017.

Intervenção militar 

Há uma semana, cinco jovens foram assassinados no domingo (25) em um condomínio em Maricá , na região metropolitana do Rio de Janeiro. O grupo não era envolvido com o crime organizado e provavelmente foram mortos por milicianos. Foi o que disse a delegada Bárbara Lomba, da delegacia de homicídios de Niterói, ao jornal  Folha de S.Paulo  .

O assassinato soma-se a outros ocorridos nas últimas semanas no estado do Rio de Janeiro, que passa por intervenção federal na área de segurança pública.

Em mais um fim de semana violento, um tiroteio na Rocinha deixou oito mortos no sábado (24). Entre os mortos estavam: Matheus da Silva Duarte de Oliveira, 18 anos; Osmar Venâncio do Nascimento, 45 anos; Bruno Ferreira Barbosa, 24 anos; Júlio Morais de Lima, 22 anos; Hércules de Souza Marques, 26 anos; Magno Marinho de Rezende, 28 anos; e Wanderson Teodoro de Souza, 21 anos.

Nas redes sociais, nas páginas como Favela da Rocinha e Rocinha Alerta, moradores afirmam que as vítimas se renderam, mas, ainda assim, foram executadas pelos policiais. Segundo nota da Polícia Civil, seis pessoas chegaram a ser levadas para o Hospital Miguel Couto, mas não resistiram.  No ínicio da tarde outros dois corpos foram transportados por moradores até a passarela que liga a favela à Vila Olímpica, onde ficaram até a chegada dos peritos. Nenhum policial foi ferido durante a operação. 

Também informam que mais dois criminosos atingidos por balas conseguiram fugir a pé pela mata, escapando do cerco. A PM não comentou as denúncias.

Leia também: Três policiais e um morador são assassinados no Rio na quarta (21)

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!