Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública de Michel Temer, afirmou que as munições utilizadas na execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, mortos na quarta-feira (14), foram roubadas da Polícia Federal. De acordo com o ministro, as investigações indicam que as balas foram levadas da sede dos Correios na Paraíba "anos atrás".
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"A Polícia Federal já abriu mais de 50 inquéritos por conta dessa munição desviada. Então eu acredito que essas cápsulas encontradas na cena do crime foram efetivamente roubadas. Também tem a ver com a chacina de Osasco, já se sabe”, disse, em referência ao assassinato de 17 pessoas por membros da Polícia Militar de São Paulo em 2015.
O carregamento das balas teria sido dividido em três partes: uma delas ficou em Brasília , a segunda foi roubada dos Correios na Paraíba e última teria sido desviada por um escrivão da Superintendência da PF no Rio de Janeiro.
As investigações sobre a execução da vereadora contam com o apoio da Polícia Federal e do Ministério Público, mas são oficialmente conduzidas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Vereadora assassinada
Marielle Franco deixava o evento “Jovens negras movendo as estruturas”, na noite de quarta-feira (14), na Lapa, e se dirigia para sua casa na Tijuca quando dois homens em um carro emparelharam ao lado do veículo onde estava a vereadora e o motorista dispararam.
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Ela e Anderson Gomes morreram na hora. O crime aconteceu na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, próximo à estação de metrô. Todos os indícios apontam para a possibilidade de um homicídio premeditado, uma execução.
A vereadora fazia parte da Comissão da Câmara que fiscalizava a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Dias antes de ser assassinada, ela denunciou assassinatos que teriam sido praticados por policiais do 41º Batalhão da PM do Rio.
Referência para o movimento negro e feminista, ela deixou uma filha de 19 anos. O corpo da vereadora foi velado na quinta-feira (15), na Câmara dos Vereadores, tendo sido acompanhado por uma multidão de milhares de pessoas.
* Com informações da Agência Brasil
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