Fernando Ribas Carli Filho assumiu que estava alcoolizado durante o acidente, em 2009, que matou duas pessoas
Reprodução/Rede Globo
Fernando Ribas Carli Filho assumiu que estava alcoolizado durante o acidente, em 2009, que matou duas pessoas

O ex-deputado estadual do Paraná Fernando Ribas Carvalho foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão nesta quarta-feira (28), tendo de cumprir regime inicialmente fechado. Ele se envolveu em um acidente de carro, em 2009, que matou duas pessoas na cidade de Curitiba. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

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O júri formado por cinco mulheres e dois homens entendeu que Carli Filho assumiu o risco de matar – ou seja, foi considerado homicídio de dolo eventual. A dosimetria da pena do ex-deputado ficou a cargo do juiz Daniel Avelar.

A condenação foi pronunciada depois que os jurados responderam a quatro questões feitas pelo juiz: se houve morte, se a ação do réu foi causa das mortes, se o réu teria agido de maneira culposa (imprudentemente) e se ele deveria ser absolvido. Assim, foi decidido pela não absolvição do ex-parlamentar, ainda apontando que ele agiu de forma dolosa.  

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O ex-deputado acompanhou o julgamento no tribunal hoje, apesar de não ser obrigado a isso. Ele disse “estar arrependido” e que “pensa no acidente todos os dias”. Ao ser interrogado, afirmou ter parcela de culpa, mas que não tinha a intenção de matar.

O acidente

No acidente em 7 de maio de 2009, Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20, morreram depois de ter o carro completamente destruído. Já o ex-deputado do Paraná ficou internado durante um mês. Um exame etílico do Instituto Médico Legal (IML) feito na época apontou que Carli estava embriagado, com cerca de oito decigramas de álcool por litro em seu sangue, ou seja, quatro vezes o limite permitido. Durante o julgamento, o ex-parlamentar admitiu que estava bêbado.

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Além da bebida, a alta velocidade também foi apontada como causa do acidente – o ex-deputado estava a mais de 160 km/h, enquanto o limite da via em que dirigia é de 60 km/h. Como se não bastasse, ele estava com 130 pontos de multa na carteira de habilitação, o que deveria tê-lo impedido de assumir o volante.

A perícia realizada indicou que o veículo de Carli “voou” por mais de dez metros antes de bater no automóvel das duas vítimas.

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