Para evitar acidentes, Rio espanta aves perto de aeroporto usando cães e falcões Por iG São Paulo * | 31/12/2017 14:16:27 - Atualizada às 31/12/2017 14:16:27 Home iG › Último Segundo › Brasil Mapeamento de aves está sendo realizado nas cidades localizadas no entorno da Baía de Guanabara para reduzir colisões com aviões Foto: Reprodução Prefeituras das cidades do Rio de Janeiro vão atuar em parceria com a RIOGaleão no monitoramento de aves As cidades localizadas no entorno da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro – como Duque de Caxias, Magé, Itaboraí, Niterói e São Gonçalo –, estão passando por um mapeamento para identificar focos de atração de aves que possam gerar riscos de colisão com aviões. Leia também: Acidente de avião mata seis pessoas em ponto turístico da Austrália Este mapeamento é tratado como uma ampliação do Programa de Gerenciamento de Risco da Fauna, que monitora os focos atrativos da fauna na Área de Segurança Aeroportuária (ASA) e faz o manejo da fauna na região do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão – Antônio Carlos Jobim. A realização do trabalho conta com a parceria do Centro de Preservação de Aves de Rapina (Cepar). São utilizadas aves de rapina e cães que afugentam ou capturam outras aves que ameaçam a operação do aeroporto. Segundo informações divulgadas pela RIOGaleão, concessionária que administra o terminal, nas outras cidades será feito um mapeamento com a parceria das prefeituras, para saber a quantidade e tipos de aves que sobrevoam essas regiões. Áreas de lixões e concentração de pesca atraem animais que podem voar em direção ao aeroporto e colidir com as aeronaves. Leia também: Governo tenta liberar brasileiro detido na Venezuela por organização criminosa Falcoaria A utilização de falcões e cães teve início há 4 anos e, desde 2015, o número de colisões diminuiu 30%. Foram 109 em 2015, 74 em 2016 e 76 até novembro de 2017, segundo dados da Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes aeronáuticos (Cenipa). De acordo com a Cepar, o número de acidentes foi reduzido na área de segurança onde o programa atua, mas ainda ocorre nas áreas de aproximação do aeroporto. Se forem consideradas apenas as espécies que habitam a área do terminal, a redução chega a 50%. Ao todo, são 15 profissionais da biologia e veterinária atuando no manejo da fauna. As aves de rapina – falcões e gaviões –, que são caçadoras naturais, são treinadas para afugentar e capturar urubus, carcarás e garça branca, e não matar. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) autoriza a atividade e as aves são adquiridas de criadores legalizados e registrados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Leia também: Fenômeno da 'Superlua' deixa satélite maior e mais brilhante na noite do dia 1º No caso dos cães utilizados para o trabalho no Rio, que são da raça pointer inglês, o adestramento é feito para que eles consigam identificar ninhos, filhotes e carcaças, que são recolhidos pela equipe. As aves capturadas passam por exames e catalogadas, depois são soltas no Parque Natural de Gericinó, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. *Com informações da Agência Brasil Link deste artigo: https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2017-12-31/rio-aves.html