Presos fazem reféns e matam dois detentos em rebelião que já dura 24 horas no PR

Detentos tomaram telhado de unidade prisional em Cascavel no motim, que teve início na tarde de ontem; terceiro refém foi libertado com ferimentos

Penitenciária Estadual de Cascavel já havia sido palco de rebelião em 2014; na ocasião, presos pediam refeições melhores
Foto: Depen/PR
Penitenciária Estadual de Cascavel já havia sido palco de rebelião em 2014; na ocasião, presos pediam refeições melhores

Detentos da Penitenciária Estadual de Cascavel, na região oeste do Paraná, mantém ao menos dois agentes penitenciários como reféns em uma rebelião que teve início ainda na tarde dessa quinta-feira (9) e já dura mais de 24 horas. Um terceiro agente também era mantido sob ameaça dos presidiários, mas foi liberado ao fim da noite de ontem. O servidor apresentava vários ferimentos na cabeça e recebeu atendimento médico.

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De acordo com o diretor do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen), Luiz Cartaxo, ao menos dois detentos morreram pelas mãos de colegas de cárcere durante a rebelião . Uma das vítimas foi decapitada pelos rebelados. A informação foi passada à afiliada da TV Globo no estado.

Os presidiários que participam do motim ocupam parte do telhado do presídio, situado às margens da rodovia BR-277, enquanto as forças de segurança mantêm um cerco ao local. Uma equipe do Corpo de Bombeiros também está no presídio.

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Motivações ainda são desconhecidas

Até o momento não há informações sobre as demandas dos rebelados. Inaugurada há dez anos na área industrial de Cascavel, a penitenciária estadual tem cerca de 10 mil metros quadrados e capacidade para abrigar até 928 detentos em regime fechado. O Depen não informou o total de detentos atualmente encarcerados no local.

A Penitenciária Estadual de Cascavel já havia passado por uma grande rebelião em agosto de 2014, quando ao menos cinco pessoas morreram e 25 ficaram feridas. Na ocasião, os detentos cobravam refeições melhores, relaxamento das visitas e melhor tratamento da direção da presídio. Após aquele motim, um total de 851 presos acabaram transferidos para outras unidades prisionais do Paraná.

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