Policial Militar é impedida de fazer prova de direito por estar fardada
A proibição causou confusão em universidade da Paraíba; Policiais Militares classificaram a situação como “preconceito profissional”
Uma aluna de direito da Universidade Estadual da Paraíba ( UEPB), Policial Militar, foi impedida de realizar uma prova pelo fato de estar fardada e armada, mesmo com autorização da corporação para fazer o exame. Colegas da estudante, também PMs, tentaram ajudar, mas foram impedidos de falar com a professora responsável. A Polícia Militar considera o caso um exemplo de “preconceito profissional”.
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A confusão aconteceu na última terça-feira (31), em Guarabira, a 98 quilômetros de João Pessoa. A P olicial Militar informou que estava à serviço e que tinha autorização de seu superior para realizar o exame, mesmo fardada. No entanto, ao chegar na sala de aula do campus do Centro de Humanidade, a professora que aplicava a prova não permitiu a sua entrada. A aluna alega que se sentiu constrangida pela proibição.
Outros policiais militares foram até o campus, mas o chefe adjunto do curso de direito, Agassiz Almeida, não deixou que eles entrassem na sala e pediu que se retirassem da universidade. A discussão entre Almeida e os Policiais foi filmada e divulgada na internet.
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Veja na íntegra do vídeo abaixo:
Ao defender a atitude da professora, Aleirda afirmou que “existe uma discussão jurídica se um policial pode ou não pode, estando de serviço, armado e fardado, entrar em uma sala de uma universidade”. Mas ele mesmo admite o constrangimento da policial.
Preconceito
A Caixa Beneficente dos Oficiais e Praças da Polícia Militar e do Bombeiro Militar da Paraíba informou por meio de nota que a situação causou “constrangimento não só a pessoa da policial, mas a todos os integrantes da corporação, demonstrando claro preconceito profissional, o que deve ser combatido nos dias atuais”. O órgão informou ainda que irá acionar a universidade na justiça e pedir o afastamento da professora.
A reitoria da universidade pediu uma investigação sobre o caso e informou que a aluna pode registrar uma reclamação formal na coordenação do curso. Mas não se pronunciou sobre nenhuma ação legal.
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