Uma das quatro vítimas que ficaram feridas no tiroteio desta sexta-feira (20) dentro do Colégio Goyases, localizado no Conjunto Rivieira, na região leste de Goiânia (GO) , está em estado grave na UTI. De acordo com o diretor técnico do Hospital de Urgências de Goiânia, Ricardo Furtado Mendonça, a menina de 13 anos foi atingida na mão, pescoço e no tórax. Ela passou por procedimento cirúrgico para drenagem de tórax.
A segunda vítima do tiroteio , também uma adolescente de 13 anos, está consciente e respirando sem aparelhos. Ela teve um pulmão perfurando e passou por cirurgia. A terceira vítima é um menino de 13 anos que está consciente, estável e continua em avaliação. Já a quarta vítima está no Hospital Acidentados e não teve o boletim médico divulgado.
Na tragédia, outros dois alunos, João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, morreram no local. O autor do ataque a tiros é um jovem de 14 anos de idade e estudante do oitavo ano do ensino fundamental na escola. Ele foi detido e encaminhado à delegacia, onde afirmou que planejou o ataque por dois meses.
O adolescente ainda disse que teria se inspirado no massacre de Realengo , ocorrido na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, em 2011, assim como no caso de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999.
Em grupos nas redes sociais, professores e moradores da região informam que o autor do jovem de 14 anos é filho de um major da Polícia Militar. Ainda de acordo com relatos de moradores da região, o estudante levou uma arma para a sala de aula e disparou contra os colegas de forma aleatória. O ataque teria ocorrido logo após um episódio de bullying nesta sexta-feira.
Autoridades lamentam tragédia
O presidente Michel Temer manifestou pesar em sua conta no Twitter. O presidente se disse consternado com o fato e solidário às famílias dos jovens mortos. “Como todo brasileiro, estou consternado com a tragédia na escola. Minha solidariedade às famílias. Força!”, disse.
A cúpula da segurança pública e da Secretaria de Saúde de Goiás reuniu-se com o governador em exercício do estado, José Eliton, para atualizar as informações. As autoridades já adiantaram que uma equipe multidisciplinar deve ser nomeada para acompanhar as famílias das vítimas.
Em nota, o governo estadual decretou luto oficial de três dias em solidariedade a todos os envolvidos no “lamentável acontecimento”. Já no fim da tarde, o Ministério da Educação (MEC) também divulgou nota de pesar.
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No comunicado, o ministério diz que "associa-se a todos os brasileiros, pais, famílias, professores, auxiliares e trabalhadores da educação, no sentimento de solidariedade às famílias dos estudantes feridos e principalmente às famílias dos estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo e de toda a comunidade de Goiânia , especificamente a comunidade escolar da escola enlutada – alunos, professores, pais e equipe gestora”.
A pasta também ressaltou o seu “compromisso com a busca de uma sociedade mais justa e solidária, pautada no respeito à diversidade, à convivência harmônica e à tolerância entre crianças, adolescentes e jovens". A Polícia Civil continua com a investigação e deve ouvir os professores e coordenadores da escola sobre o tiroteio.
* Com informações da Agência Brasil