O presidente Michel Temer pediu nesta segunda-feira (9) para que o ministro da Educação, Mendonça Filho, libere recursos para a reconstrução do Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente, em Janaúba (MG), palco de incêndio criminoso que culminou na morte de ao menos nove crianças e de uma professora (mais o autor do crime).
Michel Temer também solicitou ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, que auxilie o ao Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. O hospital é referência no atendimento a queimados e recebe vítimas da tragédia em Janaúba . O presidente pediu que fossem providenciados equipamentos para otimizar o atendimento no João XXIII. Ele também pediu atenção do ministro aos hospitais da cidade que também atendem vítimas da tragédia.
Reconstrução
Também nesta segunda-feira (9), o prefeito da cidade, Carlos Isaildon Mendes (PSDB), garantiu que a creche será reconstruída ainda neste ano. Segundo o prefeito, um grupo de empresários da região de Montes Claros e do próprio munícipio se prontificou a fazer a reforma da creche. “O projeto arquitetônico será apresentado na sexta-feira (13) e dentro de no máximo 80 dias, faremos a reinauguração da creche”, disse Isaildon.
O prefeito ressaltou que a r eforma e a nova mobília da creche serão todas custeadas pelos empresários , com a parceria da Fundação Abrinq , sem impacto no orçamento público. Segundo ele, todas as vítimas deverão ser homenageadas, mas a intenção é que a creche passe a levar o nome da professora Heley Abreu Batista – que morreu aos 43 anos de idade enquanto ajudava no resgate das crianças que sobreviveram à tragédia.
A tragédia
A tragédia na creche ocorreu na manhã da última quinta-feira (5) , quando o vigia da escola Gente Inocente, Damião Soares dos Santos, de 50 anos, ateou fogo em crianças e nele mesmo. A professora Heley tentou impedi-lo fisicamente e também ajudou no resgate de crianças. Ela morreu com 90% do corpo queimado.
Além das nove crianças mortas e da professora, outras 39 pessoas foram vitimadas pelas chamas e precisaram receber atendimento médico em hospitais locais e das cidades de Montes Claros e de Belo Horizonte. Até esse domingo, um total de 23 pessoas permaneciam internadas.
De acordo com a polícia, o vigia Damião Soares sofria de depressão , mas a prefeitura de Janaúba assegura que "não há registro de atendimento nos diversos dispositivos da rede de saúde mental" da cidade. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que "o senhor Damião Soares dos Santos nunca solicitou e utilizou dos serviços de saúde mental prestados pelo município, bem como do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II)".
* Com informações da Agência Brasil