Cesare Battisti foi preso na quarta-feira (4) com dinheiro não declarado à Receita Federal em Corumbá, no Mato Grosso do Sul
José Cruz/ Agência Brasil
Cesare Battisti foi preso na quarta-feira (4) com dinheiro não declarado à Receita Federal em Corumbá, no Mato Grosso do Sul


Após ter a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal de Mato Grosso do Sul nesta quinta-feira (5), a defesa do ex-ativista Cesare Battisti entrou com petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele seja solto e nem extraditado para a Itália.

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Cesare Battisti foi encontrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na quarta-feira (4) em uma estrada que liga a cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, à Bolívia. Ele foi preso e indiciado pela Polícia Federal ao ser encontrado com reais em espécie, US$ 6 mil e 1,3 mil euros, valores esses que não foram declarados, configurando assim o crime de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

A defesa do italiano alega em sua petição que a Polícia Federal inseriu “elementos exagerados e inverídicos” ao auto flagrante, o que ocasionou a prisão do mesmo de forma arbitrária. A defesa enfatizou ainda que, Battisti e outras duas pessoas que estavam juntos no taxi, tinham a quantia de R$ 25 mil, valor esse correspondente ao custo da viagem que faziam.

Ainda de acordo com a defesa do ex-ativista italiano, a PF diz afirma ter encontrado com o italiano um "pino de plástico com resquício de substância em pó de cor esbranquiçada", objeto esse que não estava no veículo.

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“O episódio deixa claro haver em relação ao paciente um tratamento diferenciado ao ponto das autoridades policiais terem inserido elementos exagerados e inverídicos no auto de flagrante, apenas para manter o paciente custodiado, gerando enorme repercussão nacional e internacional, com único intento de provocar comoção a favor de sua expulsão do País”, diz a defesa.

Extradição e sentença

Após ser confirmada a prisão de Battisti, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, afirmou por meio de suas redes sociais que trabalha para garantir que o ex-ativista seja extraditado. Os contatos não são confirmados oficialmente pelas autoridades Brasileiras.

Cesare Battisti foi condenada na Itália a prisão perpétua, após ser considerado culpado da acusação de homicídio quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo . No Brasil ele chegou a ficar preso por quase quatro anos, mas por decisão do ex-presidente Lula,  ele foi liberado e teve o pedido de extradição negado. 

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* Com informações da Agência Brasil

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