Justiça paga até R$ 30 mil para informações de envolvidos em invasão da Rocinha

Portal dos Procurados do Disque Denúncia traz nomes e fotos dos foragidos; Polícia pede mandados de busca e apreensão na comunidade

Procurados Rio de Janeiro
Foto: Reprodução
Procurados Rio de Janeiro

A busca para prender suspeitos de envolvimento na invasão à comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, levou o Portal dos Procurados do Disque Denúncia a oferecer recompensa de R$ 1 mil por informações dos foragidos.

No cartaz, divulgado nesta sexta-feira (22), aparecem as fotos de Emanuel Bezerra de Araujo, de 18 anos; Ramom Aleluia, o Manga, de 37; Henrique Marques de Oliveira, de 25; Jurandir Silva Santos, o Parazinho, de 24; Marcelo Xavier da Costa, de 34; Thiago de Oliveira Pereira, o Popó; Ricardo Souza de Lima, o John Rambo, de 32; e Rayane Alves de Oliveira, a Balotelli, de 22. Todos já tiveram a prisão decretada pela Justiça do Rio de Janeiro .

As autoridades também estão oferecendo recompensa de R$ 30 mil pela captura do traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157. Na quinta-feira (21), a prisão temporária dele foi decretada. Rogério 157 e Antonio Bonfim Lopes, o Nem, preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, são acusados de disputarem o controle do tráfico na favela da Rocinha, que desencadeou uma guerra na comunidade desde o último domingo (17).

Nessa quinta-feira, a Polícia Civil prendeu na favela de Acari, zona norte da cidade, Geovane Silva de Lima, de 21 anos. Segundo os investigadores, ele é acusado de ser um dos 12 criminosos identificados até agora que participaram da invasão da Rocinha. O grupo faz parte da quadrilha de Nem, que tenta reassumir o controle do tráfico de drogas na favela.

Leia também: Exército chega à favela da Rocinha após manhã de pânico e de tiroteios no Rio

O delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, titular da 11º Delegacia de Polícia, que abrange a Rocinha, fez um apelopara os traficantes que estão na comunidade se entregarem. Ele disse que os integrantes da facção liderada por Rogério 157 estão encurralados no alto do morro, em uma região conhecida como Vila Verde. 

“Eu faço um apelo aos marginais que quiserem se entregar. Eles devem procurar os agentes das forças de segurança, podem vir à delegacia, podem mandar os familiares, que terão todo o tratamento digno e serão encaminhados à Justiça. Aqui, nós não queremos fazer justiçamento. Queremos buscar a verdade dos fatos e eles também têm direitos. Na delegacia, os seus direitos constitucionais serão preservados”, disse o delegado.

Lima Nunes também declarou que a Polícia vai pedir mandados de busca e apreensão na comunidade. “Nós vamos pedir ao Poder Judiciário que conceda busca e apreensão em residências e áreas conflagradas. Em cima disso, vamos prender outros indivíduos e apreender armas. Nós estamos na fase final dessa confecção. Esse pedido dá legalidade às nossas ações", finalizou o delegado

Denúncia anônima

Quem tiver qualquer informação a respeito da localização dos envolvidos na guerra da Rocinha favor informar as autoridades pelo Whatsapp ou Telegram do Portal dos Procurados no número (21) 98849-6099; pela mesa de atendimento do Disque Denúncia (21) 2253-1177, por meio do Facebook; e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ.

Todas as informações serão encaminhadas para a 11ª Delegacia de Polícia, da Rocinha, que está encarregada do inquérito criminal sobre o caso. O anonimato é garantido.

Entenda a crise

Os confrontos na Rocinha começaram no último domingo (17), com uma disputa entre bandidos pelo controle do tráfico de drogas na favela, localizada em São Conrado, zona sul carioca. Na ocasião, não houve atuação efetiva das forças policiais.

O quadro voltou a se agravar nesta sexta-feira (22) e o governador pediu então ao Ministério da Defesa que as Forças Armadas atuassem no entorno da comunidade. O primeiro contingente de militares chegou à Rocinha às 16h10, com o objetivo de fazer um cerco na favela, em apoio às operações das polícias Militar e Civil.

Em nota, o governo fluminense disse que “vem priorizando a política de segurança, apesar de todas as dificuldades que tem enfrentado, ciente de suas responsabilidades e da importância da preservação da vida”.

O governo do Rio de Janeiro esclareceu que, “para o cumprimento dos seus objetivos, o estado tem trabalhado de forma integrada com as forças federais, sob a coordenação do secretário de Segurança Roberto Sá, que tem sido incansável no cumprimento do dever”.

* Com informações da Agência Brasil