Polícia faz segundo dia de operações na Rocinha e apreende fuzil na zona sul

Sem contar com as Forças Armadas (que não apoiam operações há quase um mês), PM do Rio expandiu ação da Rocinha para outras favelas nesta manhã

Favela da Rocinha é palco de operação policial pelo segundo dia seguido, após tiroteio entre traficantes deixar três mortos
Foto: Divulgação/PMERJ
Favela da Rocinha é palco de operação policial pelo segundo dia seguido, após tiroteio entre traficantes deixar três mortos

A Polícia Militar do Rio de Janeiro realiza, pelo segundo dia seguido, operação na favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sulda capital fluminense. Além da comunidade que foi palco de intenso tiroteio entre traficantes no último domingo , também são ocupadas pelas forças de segurança nesta terça-feira (19) as favelas do Vidigal, Chapéu Mangueira e Babilônia (zona sul), e do Complexo da Pedreira, Morro de São Carlos e Morro dos Macacos (zona norte).

Ainda sem contar com o apoio das Forças Armadas – que prometeram ações no Rio de Janeiro até o fim do ano, mas estão há quase um mês sem irem às ruas –, a operação policial desta terça-feira é realizada pelo Bope (na Rocinha e Vidigal), pelo Batalhão de Ações com Cães (no Chapéu Mangueira e Babilônia) e pelo Batalhão de Choque (nos morros dos Macacos e São Carlos). O Grupamento Aero-Móvel presta apoio às três frentes.

A PM confirmou até o momento a apreensão de um fuzil e de uma pistola, além de porção ainda não mensurada de drogas, no Chapéu Mangueira.

Foto: Divulgação/PMERJ
Fuzil, drogas e pistola foram apreendidos na comunidade Chapéu Mangueira, na zona sul do Rio de Janeiro

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Ações pós-terror

As operações policiais neste início de semana são uma reação do Governo do Rio ao intenso confronto entre traficantes que atravessou o último domingo (17) na favela da Rocinha.

De acordo com a Polícia Militar, o tiroteio que provocou pânico entre moradores e levou a própria PM a recomendar que a população evitasse a região ocorreu devido a uma disputa entre os traficantes  Rogério 157, atual número um do tráfico na comunidade, e Nem da Rocinha, que está preso em um presídio federal em Rondônia.

Os dois criminosos pertencem à mesma facção, a Amigos Dos Amigos (ADA), mas romperam a aliança após Rogério 157 ordenar a execução de outro traficante, conhecido como Perninha, em agosto do ano passado.

Ao longo dessa segunda-feira, as forças de segurança prenderam três suspeitos e apreenderam drogas e duas granadas. Também foram encontrados dois corpos carbonizados no interior da favela da Rocinha, o que elevou o número de mortos no confronto de domingo para três. O tiroteio também deixou outras três pessoas feridas.

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