Funcionários do Metrô de São Paulo e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) prometem realizar uma greve conjunta na próxima terça-feira (1º). As assembleias dos trabalhadores para confirmar ou não as paralisações estão marcadas para segunda-feira (31).
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Na CPTM, o estado de greve é motivado por um protesto contra a redução de salários. Em nota divulgada pelo Comitê Ferroviário, os representantes dos trabalhadores afirmam que a empresa anunciou que irá reduzir a tabela salarial vigente em 3,51% referente ao dissídio coletivo de 2011. A modificação seria aplicada a partir do salário deste mês.
O Comitê Ferroviário é composto pelos quatro sindicatos que representam os trabalhadores da CPTM: Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, Sindicado dos Engenheiros de São Paulo e Sindicato dos Ferroviários da Zona de Sorocabana. Ou seja, a paralisação poderá afetar as seis linhas de trem que conectam a capital aos municípios da Grande São Paulo.
Já no Metrô, os trabalhadores protestam contra a terceirização das bilheterias das estações e contra a possibilidade de o governo paulista privatizar a operação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 5-Lilás e 15-Prata. A categoria também se manifesta contra as reformas promovidas pelo governo federal, comandado pelo presidente Michel Temer (PMDB).
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Caso os trabalhadores optem pela paralisação, o movimento não deverá afetar a Linha 4-Amarela (Luz-Butantã), já que o ramal é operado pela iniciativa privada.
A equipe do iG procurou a Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo para comentar a respeito das possíveis paralisações no sistema metro-ferroviário na semana que vem, mas não obteve retorno da assessoria de imprensa até o momento da publicação desta reportagem.
Decisão judicial
No fim do mês passado, os sindicatos prometiam uma paralisação nos trens e no Metrô de São Paulo para o dia 30 de junho, aderindo às manifestações convocadas por centrais sindicais e movimentos sindicais em todo o Brasil contra o governo Temer.
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A greve, no entanto, não foi realizada. Isso porque no dia 28 de junho a Justiça determinou que a categoria mantivesse as atividades com pelo menos 80% do efetivo nos horários de pico e 60% nos demais horários. Em caso de descumprimento, os sindicatos estariam sujeitos a uma multa no valor de R$ 100 mil.