A Polícia Federal realiza, na manhã desta segunda-feira (3), uma nova etapa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. O foco, desta vez, é a cúpula do transporte rodoviário do estado, envolvida em um esquema de corrupção. Segundo investigações no Ministério Público Federal (MPF), o ex-governador Sérgio Cabral recebeu R$ 122,85 milhões em propina neste esquema.
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No total, foram cerca de movimentados R$ 260 milhões em propina em troca de benefícios às empresas de ônibus, de acordo com a investigação. Desde a noite deste domingo (2), agentes da Polícia Federal estão cumprindo mandados de prisão desta operação.
O empresário Jacob Barata Filho – um dos maiores empresários do ramo de ônibus do Rio – foi preso na noite deste domingo, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, quando embarcava para Lisboa, em Portugal.
Segundo o advogado de Barata Filho, ele faria uma viagem de rotina àquele país, onde tem negócios “há décadas e para onde faz viagens mensais”. No entanto, a polícia suspeita que ele ficou sabendo da operação e tentava fugir. A defesa do empresário informou ainda que irá se pronunciar assim que tiver acesso aos autos do processo.
Novos alvos da operação
Na manhã desta segunda, novos mandados estão sendo cumpridos. No total, são oito mandados de prisão, além de buscas e apreensões que estão sendo feitas nas cidades de São Gonçalo e Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, e nos estados do Paraná e Santa Catarina.
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Logo nas primeiras horas do dia, o apartamento de Lélis Marcos Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), na Lagoa, cidade fluminense, estava tomado por policiais.
Lélis, que já havia sido levado em condução coercitiva em outra operação desdobramento da Lava Jato, foi preso em casa.
Além de Lélis, a polícia prendeu o ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro), em Florianópolis. Segundo informações divulgadas pela Rede Globo, a polícia estima que pelo menos R$ 40 milhões em propina passaram pelas mãos de Onofre.
A operação deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira foi baseada nas delações premiadas do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado Jonas Lopes e do doleiro Álvaro Novis.
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* Com informações da Agência Brasil.