Nesta quinta-feira, Justiça de São Paulo expediu liminar que proíbe funcionários da CPTM de aderirem à greve
Rovena Rosa/Agência Brasil - 19.8.2016
Nesta quinta-feira, Justiça de São Paulo expediu liminar que proíbe funcionários da CPTM de aderirem à greve

Funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e do Metrô de São Paulo decidiram na noite desta quinta-feira (29) que não irão aderir à greve geral convocada por centrais sindicais para esta sexta-feira (30).

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A decisão pela não adesão à paralisação foi tomada em assembleias dos funcionários da CPTM  e do Metrô. Na Grande São Paulo, a categoria dos trabalhadores em trens é representada por três sindicatos: Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo (linhas 7-Rubi e 10-Turquesa); Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana (linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda); e Sindicato dos Ferroviários da Zona Central do Brasil (linhas 11-Coral e 12-Safira).

Em relação aos trabalhadores do Metrô, a página do Sindicato dos Metroviários na internet diz que os integrantes da categoria participarão de uma manifestação marcada para as 16h desta sexta-feira na Avenida Paulista. Na Linha 4-Amarela (Luz-Butantã), que é operada pela iniciativa privada, a operação deverá ser normal ao longo de todo o dia.

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Na manhã desta quinta-feira, a Justiça de São Paulo concedeu liminar que proíbe os funcionários dos sistemas metroviário e ferroviário de São Paulo a aderirem à greve geral . A multa diária estipulada é de R$ 1 milhão para cada sindicato que descumprir a determinação.

Na decisão, o juiz Adriano Marcos Laroca afirmou que a competência para decidir sobre a abusividade do direito de greve é da Justiça do Trabalho, mas, diante da urgência que a situação demanda, apreciou, excepcionalmente, o pedido formulado pelo Governo do Estado para evitar a paralisação.

Reivindicações

Convocada pelas maiores centrais sindicais do País, a greve geral tem como principal objetivo cobrar o Congresso a derrubar as reformas trabalhista e da Previdência, que foram propostas pelo governo federal com o intuito de ajustar as contas públicas. Os movimentos também criticam o projeto de lei que visa regulamentar as terceirizações no País.

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Outra bandeira das entidades que convocaram as paralisações é para que o presidente Michel Temer (PMDB) renuncie ao cargo. Envolvido em escândalos de corrupção, Temer foi denunciado nesta semana pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo crime de corrupção passiva.

Outras categorias

O Sindicato dos Bancários de São Paulo informou que irá aderir à greve geral na capital paulista. Já os motoristas de ônibus seguiram a decisão dos funcionários da CPTM e do Metrô e também não irão cruzar os braços na cidade.

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