Metrô:  sindicato já havia realizado uma assembleia na última terça-feira (2), na qual os trabalhadores aprovaram a greve
Larissa Pereira/ iG São Paulo
Metrô: sindicato já havia realizado uma assembleia na última terça-feira (2), na qual os trabalhadores aprovaram a greve

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu suspender a paralisação que aconteceria nesta sexta-feira (5). Em assembleia, que ocorreu no início da noite desta quinta-feira (4), ficou acordado que o funcionamento das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás do Metrô de São Paulo seguirá normalmente. A decisão foi tomada após a Justiça do Trabalho definir a implantação por 90 dias de uma hora de refeição à categoria.

O sindicato já havia realizado uma assembleia na última terça-feira (2) , na qual os trabalhadores sinalizaram que iriam aprovar a greve “por conta da postura da empresa em aumentar a jornada dos metroviários”. “Apesar de declarar que é favorável à intrajornada de meia hora, o Metrô está implantando o intervalo de uma hora de forma autoritária, aumentando a jornada e provocando muitos transtornos aos metroviários”, dizia a nota publicada no site do sindicato.

Ainda de acordo com o comunicado publicado no portal da categoria, a sentença da Justiça do Trabalho “não autoriza nenhuma alteração de escala, não determina horário de entrada ou saída”. Ou seja, segundo o sindicato, a Justiça não autorizava a Companhia do Metropolitano “a fazer mudança de escala e não determina horário de intervalo entre a quarta e sexta hora”.

A entidade disse que “sempre lutou pela manutenção dos 30 minutos” e que propôs à empresa que “momentaneamente a intrajornada de uma hora ocorresse dentro das jornadas atuais”.

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O sindicato afirmou ainda que a companhia alterou o horário dos trabalhadores da manutenção noturna. De acordo com a entidade, os funcionários saiam do trabalho por volta das 5h30 e, agora, terão de deixar os postos por volta de 8h.

No dia 28 de abril, os metroviários de São Paulo paralisaram as atividades para aderir à greve geral convocada pelas centrais sindicais em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista. Outra paralisação – pelo menos motivo – foi realizada em 15 de março.

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Outro lado

Em nota, o departamento de comunicação à imprensa do Metrô informou apenas que a greve havia sido suspensa e que o funcionamento das linhas continuaria normalmente. Questionada sobre a posição da empresa diante de tais reivindicações dos funcionários, a companhia não respondeu.

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