A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (8), a segunda fase da Operação Greenfield, que investiga irregularidades em quatro dos maiores fundos de pensão do País, todos ligados a estatais.
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Os alvos dessa fase da operação são acusados de esconder provas e cooptar testemunhas que poderiam auxiliar as investigações. De acordo com a Polícia Federal, foi descoberta a 'compra de silêncio' de uma testemunha.
Ao todo, 30 policiais cumprem medidas judiciais no estado de São Paulo e no Mato Grosso do Sul. São sete medidas, cinco no sudeste e duas no sul. Há um mandado de prisão preventiva.
O mandado e as medidas judiciais foram determinados pelo Juiz Vallisney de Souza, titular da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal.
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A suspeita é de que um contrato de R$ 190 milhões entre os dois principais sócios de um dos maiores grupos empresariais investigados pela Greenfield tenha sido empregado para mascarar o suborno a um empresário concorrente para que não revelasse informações de interesse da investigação.
Operação Greenfield começou em setembro de 2016
A primeira fase da Greenfield foi deflagrada em setembro do ano passado. A investigação – que equivale a um trabalho conjunto entre a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – apura desvios de R$ 8 bilhões de nos fundos de pensão Funcef, Petros, Previ e Postalis.
Na ocasião, foram cumpridos pela Polícia Federal 106 mandados de busca e apreensão, 34 mandados de condução coercitiva e 7 mandados de prisão temporária.
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O nome da operação faz alusão a investimentos que envolvem projetos incipientes (iniciantes, em construção) ou, como se diz no jargão dos negócios, 'ainda no papel'. No sistema financeiro, o contrário de investimentos Greenfield é o Brownfield. Nesse tipo, os recursos são aportados em um empreendimento/empresa já em operação. Não se sabe ainda quantas serão e quando vai ocorrer a próxima fase da operação.