“Temos que relembrar permanentemente o Holocausto”, diz Temer em ato solene

Presidente participou de ato solene em memória às vítimas do Holocausto na sinagoga da Congregação Israelita Paulista (CIP), no centro de São Paulo

Presidente Michel Temer foi convidado a acender uma das seis velas em memória das vítimas durante cerimônia
Foto: Twitter/ Michel Temer/ Reprodução 29.01.2017
Presidente Michel Temer foi convidado a acender uma das seis velas em memória das vítimas durante cerimônia

O presidente Michel Temer participou de ato solene em memória às vítimas do Holocausto neste domingo (29) em São Paulo. "Nós temos que relembrar permanentemente o Holocausto. Passem dias, meses, anos, séculos", afirmou.

LEIA MAIS: Motoristas são vítimas do golpe da multa falsa; veja como se proteger

Temer acredita que a morte de 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial foi “uma lição para o futuro e para o presente”, além de “revelar a intolerância que existe no mundo”.

A cerimônia ocorreu na sinagoga da Congregação Israelita Paulista (CIP), no centro da capital, e foi celebrada pelo rabino Michel Schlesinger. Entre os rituais do ato que marcou o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, comemorado no dia 27 de janeiro, houve o acendimento de seis velas em memória das vítimas. Temer acendeu uma delas ao lado de um sobrevivente do Holocausto, um jovem da comunidade judaica e um líder religioso.

Também participaram da homenagem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito da capital, João Doria, e o ministro das Relações Exteriores, José Serra.

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Foto: Twitter/ Michel Temer/ Reprodução 29.01.2017
Também participaram da homenagem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital, João Doria

George Legmann, de 72 anos, foi um dos poucos bebês a nascer e sobreviver dentro de um campo de concentração. Vivendo atualmente no Brasil, ele acredita que o Dia Internacional em Memória das Vítimas tem papel fundamental para evitar genocídios semelhantes. “Essa foi talvez a maior tragédia que se conhece da história mundial e é importante que isso seja rememorado para que nunca mais aconteça uma barbárie dessa natureza.”

LEIA MAIS: Marisa Letícia segue na UTI com condições clínicas e neurológicas inalteradas

A data instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) relembra o dia em que os prisioneiros foram libertados pelas tropas soviéticas do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, o mais atroz símbolo do Holocausto.

Uma pesquisa global feita em 2014 mostrou que 46% da população mundial nunca ouviu falar do Holocausto. Um dos principais objetivos da data é conscientizar sobre a importância da educação sobre o tema.

“Talvez nem todo mundo saiba o que aconteceu na Segunda Guerra Mundial, onde foram exterminados pelos nazistas 6 milhões de judeus, e também dizimados a população de outras minorias como ciganos, testemunhas de Jeová e também homossexuais”, relembra Legmann.

LEIA MAIS: Mais doze pessoas são detidas por pichação em São Paulo, que deve aumentar multa

O sobrevivente espera que novos conflitos de intolerância não se repitam. “Temos que lutar pela paz, pela igualdade entre os povos, raças e sexos, a humanidade tem que conscientizar que não podem acontecer guerras desta maneira.”

Exposição fotográfica

Durante o evento deste domingo, também foi inaugurada a exposição fotográfica Lembrar e Honrar, sobre as crianças no Holocausto, com curadoria do editor da Revista Shalom, Nessim Hamaoui. A mostra apresenta o conteúdo divulgado pela revista desde 2002, em edições especiais feitas em conjunto com o Museu do Holocausto de Jerusalém – Yad Vashem. A exposição ficará em cartaz na CIP até 26 de fevereiro.

*Com informações da Agência Brasil