Avião que levava Teori e mais quatro pessoas é retirado do mar em Paraty (RJ)

Aeronave caiu na última quinta-feira (19) e matou todos que estavam a bordo; destroços serão levados para perícia no aeroporto do Galeão, no Rio

Trabalho de retirada dos destroços será feito por empresa contratada pela seguradora do avião acidentado
Foto: Reprodução/Globonews
Trabalho de retirada dos destroços será feito por empresa contratada pela seguradora do avião acidentado

Foi iniciada neste domingo (22) a remoção dos destroços do avião que caiu no mar em Paraty (RJ) na última quinta-feira (19). Estavam a bordo da aeronave o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavaski; o Carlos Alberto Fernandes Filgueiras; a massoterapeuta Maíra Lidiane Panas Helatczuk; a professora Maria Hilda Panas Helatczuk, mãe de Maíra; e o piloto Osmar Rodrigues. Todos morreram.

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De acordo com informações do jornal “O Estado de S.Paulo”, o trabalho de remoção dos destroços está sendo feito pela empresa AGS Logística, que foi contratada pela seguradora do avião . O equipamento pertencia ao grupo hoteleiro Emiliano, do qual Filgueiras era sócio majoritário.

Os destroços tiveram de ser içados por um guindaste que estava sobre uma balsa. A embarcação saiu de Niterói no último sábado (21) e demorou cerca de 24 horas para chegar até o local do acidente. A previsão era de que o traslado durasse 12 horas, mas o tempo de viagem foi aumentado em razão do mau tempo.

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O material recolhido será enviado ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro , onde passará por perícia. O trabalho de apuração das causas será feita por técnicos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão vinculado à Força Aérea Brasileira. Ainda não há prazo para divulgação dos relatórios sobre o acidente.

Propriedade

A aeronave acidentada pertencia ao grupo Emiliano, do empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras. Ele era sócio do banco BTG Pactual em um empreendimento imobiliário . O banqueiro André Esteves, que presidiu o BTG até 2015, já foi beneficiado por uma decisão de Teori, que era relator da Lava Jato no Supremo. Em abril do ano passado, o ministro revogou a prisão domiciliar de Esteves, que pôde voltar ao trabalho.

O avião que transportava Teori era um Beechcraft King Air C90GT, registrado com o prefixo PR-SOM. O equipamento estava registrado na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em nome da empresa Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras e foi adquirido pelo grupo em outubro de 2015. A aeronave, um turbo-hélice com capacidade para transportar sete pessoas, tinha Certificado de Aeronavegabilidade válido até abril de 2022. A data de validade da IAM (Inspeção Anual de Manutenção) seria em abril deste ano.