A Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, chegou ao sétimo dia de confronto com o interior do prédio ainda controlado pelos detentos. Três detentos ficaram feridos e foram resgatados por cima dos muros da prisão. Além disso, 11 presos foram transferidos devido ao direito à progressão da pena para o regime semiaberto.
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Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do estado, desde ontem, ao menos 20 detentos já foram levados de Alcaçuz . A maioria foi resgatada na madrugada desta sexta-feira (20), de acordo com a pasta. Foi pedido para que o hospital para onde todos foram deslocados fosse mantido em sigilo para evitar tentativas de resgate. O estado de saúde dos homens também não foi divulgado.
Outros três presos foram transferidos na tarde de sexta por meio de macas içadas pelo Corpo de Bombeiros. A ação foi feita com o auxílio de cordas para ultrapassar os altos muros da penitenciária, uma vez que as forças policiais estaduais só podem acessar livremente a parte de fora da unidade.
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O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, Caio César Marques Bezerra, falou à imprensa na sexta-feira que a guarda do presídio “está no perímetro externo e nas guaritas”. “O choque e o Bope entraram ontem para definir uma área de não confrontação e estamos mantendo esses limites”, afirmou. “Temos as guaritas para fazer a proteção e o patrulhamento externo”.
Muro dividirá facções
No sábado (21) o governo estadual deve iniciar a construção de um muro entre os pavilhões para separar as facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Sindicato do Crime do RN, como uma medida emergencial para evitar novos massacres em Alcaçuz. A previsão foi dada pelo secretário Caio César.
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Segundo a assessoria de comunicação da secretaria, primeiramente serão instalados contêineres enquanto o muro, que deve ser de concreto, é construído. Ainda não foi divulgada a previsão de término da construção da estrutura. “É imprescindível que haja um obstáculo resistente o suficiente para manter as facções separadas”, opinou o secretário.
*Com informações da Agência Brasil