Caio César Marques Bezerra, secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, disse, em entrevista à imprensa que o Ministério da Justiça e o governo do estado estudam a possibilidade de ampliar o efetivo da tropa da Força Nacional no Rio Grande do Norte, após rebelião .
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A Força Nacional está no estado desde setembro de 2016. As tropas estão auxiliando a Polícia Militar em ações de policiamento ostensivo. Na última segunda-feira (9), o Ministério da Justiça e Cidadania autorizou a prorrogação da permanência da Força por mais 60 dias.
“O apoio da Força foi imprescindível para que a PM intensificasse o patrulhamento. Existe a possibilidade da ampliação do efetivo no estado”, disse o secretário.
Em nota, Alexandre de Moraes, ministro da Justiça e Cidadania, lamentou as mortes que aconteceram na rebelião na penitenciária do último sábado (14). De acordo com o governo do Rio Grande do Norte, ao menos dez presos morreram.
"E agradece, em nome do presidente Michel Temer, o empenho das forças policiais que atuaram em defesa da sociedade, evitando fugas e controlando a situação", diz a nota liberada pelo ministério.
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O Ministério da Justiça ainda confirma que o governador do estado, Robson Faria, entrou em contato com o ministro Alexandre de Moraes, neste domingo (15), para comunicar o fim da rebelião. De acordo com o ministério, governador agradeceu o apoio da Força Nacional.
Conforme a nota, o ministro autorizou, a pedido do governador, "que parte dos R$ 13 milhões do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), liberados no dia 29 de dezembro de 2016 para modernização e aquisição de equipamentos, seja utilizada em construções que reforcem segurança no presídio".
Rebelião em Alcaçuz
A rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz , que começou na tarde deste sábado (14) e deixou 26 mortos, de acordo com o governo do Rio Grande do Norte, é a quarta rebelião com mortes que acontece dentro de presídios em 2017, em apenas 15 dias. A razão suspeita para a rebelião no presídio de RN, a 25 quilômetros de Natal, seria confronto entre as facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Sindicato do Crime RN. Mas o governo do estado não confirmou a informação.
A primeira rebelião com mortes do ano foi a segunda maior da história e aconteceu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim ( Compaj) em Manaus, em que 60 pessoas foram mortas no dia 1º de janeiro. Uma semana depois do ocorrido, agentes da Força Nacional desembarcaram em Manaus para reforçar a segurança.
* com informações de Agência Brasil