O presidente Michel Temer apresentou nesta quarta-feira (11), na abertura da reunião do Núcleo de Infraestrutura, no Palácio do Planalto, dados sobre os gastos com o setor de segurança pública.
Temer disse que os investimentos feitos pelo governo na área “revelam, consolidam e comprovam” a preocupação da União com a segurança publica, porque o tema "envolve a própria segurança nacional". O presidente demonstrou preocupação com facções criminosas como o PCC e a Família do Norte, responsáveis por matanças em presídios no Amazonas e em Roraima na semana passada.
“A União passou a se interessar muito mais sobre essa matéria porque essas organizações criminosas – PCC e Família do Norte – constituem-se quase uma regra de direito fora do Estado. Veja que eles têm até preceitos próprios. Até quando fazem aquela pavorosa matança, o fazem baseado em códigos próprios. Então, essa é uma questão que ultrapassa os limites da segurança para preocupar a nação como um todo”, explanou o presidente.
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Investimentos e "execução responsável"
Segundo ele, os gastos da União com segurança “são importantes para revelar a distância entre o que se aplicava no passado e o que se aplica hoje”.
“Em 2014, a dotação inicial era de R$ 492 milhões, as despesas empenhadas foram de aproximadamente R$ 320 milhões, as liquidadas e pagas foram de R$ 51,2 milhões. Em 2015, o projeto inicial era de R$ 504 milhões, passou-se a ter uma dotação inicial de R$ 541 milhões, depois foram empenhados R$ 264 milhões, e as despesas pagas depois do empenho foram R$ 45 milhões”, disse.
O presidente acrescentou que em 2016 o projeto inicial da Lei Orçamentária Anual (LOA) era de R$ 596 milhões. "Nós atualizamos esse valor para R$ 2,6 bilhões, empenhamos R$ 1,4 bilhão e depois foram pagos R$ 1,1 bilhão. Isso foi no ano passado, muito antes dessa tragédia que se deu pelo menos em dois presídios do País. Tudo que é feito, é programado, planejado e executado. Por isso, o objetivo dessa reunião é evidenciar que agora, começando 2017, estamos planejando e vamos executar tudo responsavelmente”, disse Temer.
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*Com informações e reportagem da Agência Brasil