Nascido e criado em São Paulo, João Agripino da Costa Doria Junior assume posse neste domingo (1º). Aos 59 anos, o também chamado “João trabalhador” foi eleito em primeiro turno em sua primeira candidatura, pelo PSDB. Apadrinhado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sua campanha foi focada no fato de não ser político, mas sim gestor e administrador.
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E o apelido de "trabalhador" não veio à toa: João Doria entrou para o mercado desde cedo, já que seu primeiro emprego veio aos 13 anos, quando voltou ao Brasil depois do exílio político de seu pai, Nelson da Costa Doria, ex-deputado cassado durante a ditadura militar (1964-1985).
Formado em jornalismo e publicidade pela FAAP, o prefeito 'não político' já fez de tudo um pouco. De apresentador de reality show a professor universitário e empresário, ao longo de sua carreira, ele provou ter versatilidade - e continua demonstrando ao arriscar a entrada na política neste ano de 2016.
De tudo, porém, seu feito profissional mais notável é a presidência do Grupo Doria, um conglomerado de comunicação e marketing do qual se derivaram seis outras grandes empresas, entre elas uma editora e um empreendimento de eventos. Além disso, ele é presidente e fundador do Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), uma das maiores organizações empresariais do Brasil.
Por causa de seu sucesso profissional e financeiro - o empresário declarou quase R$ 180 milhões em bens em 2016 -, João Doria deixou claro durante toda sua campanha que pretende gerir a cidade sem receber nada em troca, doando seu salário de R$ 24,1 mil a instituições de caridade (o que deverá ser comprovado a partir da próxima semana, quando toma posse).
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Apesar de acreditar que fará uma boa gestão, independente do resultado encontrado no fim dos quatro anos, Doria diz que não pretende tentar a reeleição ou, muito menos, deixar a prefeitura nas mãos de seu vice, Bruno Covas, para concorrer ao governo do estado em 2018.
Propostas
Um de suas propostas mais conhecidas é o aumento de velocidade das marginais. A proposta divide opiniões porque, para uns, poder chegar mais rapidamente aos lugares é um atrativo, e para outros, a ideia de aumentar o limite não faz sentido, já que a redução de velocidade se provou uma medida efetiva na prevenção de mortes no trânsito.
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Outra promessa polêmica feita por sua chapa durante a campanha é a de que Doria irá gerenciar São Paulo como qualquer uma de suas empresas. Para tanto, ele prometeu fazer uma "melhor distribuição dos recursos disponíveis", defendendo por diversas vezes que a privatização de espaços públicos usados para eventos, como o Autódromo de Interlagos e o Pacaembu.