Mianmar: chuva complica resgate em áreas atingidas por terremoto

Tempo atrapalha os trabalhos neste domingo (6), no país atingido por terremoto devastador que matou quase 3500 pessoas, segundo dados mais atuais

Socorrista caminha ao lado de equipamentos de construção utilizados para remover escombros de edifícios destruídos em Mandalay, Mianmar, no dia 5 de abril de 2025
Foto: Zaw Htun
Socorrista caminha ao lado de equipamentos de construção utilizados para remover escombros de edifícios destruídos em Mandalay, Mianmar, no dia 5 de abril de 2025
Zaw Htun

A chuva está complicando os trabalhos de resgate em Mianmar neste domingo (6), no país onde o número de mortos em um devastador terremoto subiu para quase 3.500, segundo a imprensa estatal.

O tremor de magnitude 7,7 ocorrido em 28 de março destruiu edifícios, pontes e estradas e deixou milhares de pessoas sem energia elétrica.

Os danos foram particularmente graves na cidade de Sagaing, perto do epicentro, e em Mandalay, a segunda principal cidade de Mianmar, com mais de 1,7 milhão de habitantes.

A imprensa estatal do país governado pela junta militar informou que o terremoto causou 3.471 mortes confirmadas e deixou 4.671 feridos, com 214 ainda desaparecidos.

Muitos moradores de Mandalay começaram a dormir em barracas devido à destruição de suas casas ou à instabilidade dos edifícios onde moravam.

Quando o vento e a chuva começaram a atingir os abrigos no sábado, as vítimas tiveram que escolher entre passar a noite em edifícios condenados ou em tendas expostas ao clima.

As condições de chuva e o calor intenso aumentam o risco de surtos de doenças nos acampamentos ao ar livre.

"As pessoas estão tentando reconstruir suas vidas", disse Tom Fletcher, autoridade humanitária da ONU, em um vídeo gravado em Mandalay e divulgado no X neste domingo.

"Eles precisam de alimento, de água. Precisam que a eletricidade seja restabelecida", afirmou.

Muitas pessoas na região permanecem sem casa, pontuou Fletcher, acrescentando que é necessário "levar tendas e esperança aos sobreviventes que estão reconstruindo suas vidas devastadas", escreveu em outra mensagem.