Local da queda de um avião comercial da Azerbaijan Airlines perto da cidade cazaque de Aktau, 25 de dezembro de 2024
Issa Tazhenbayev
Local da queda de um avião comercial da Azerbaijan Airlines perto da cidade cazaque de Aktau, 25 de dezembro de 2024
Issa Tazhenbayev

O Brasil concluiu a análise das caixas-pretas do avião da Azerbaijan Airlines que caiu no dia 25 de dezembro no Cazaquistão e enviou os dados para as autoridades deste país analisarem, informou, nesta segunda-feira (6), a Força Aérea Brasileira (FAB).

A queda da aeronave, fabricada pela Embraer, causou a morte de 38 pessoas e está cercada de suspeitas sobre a responsabilidade da Rússia.

A FAB informou em nota que concluiu no sábado "os trabalhos de extração, aquisição e validação dos dados nos dois gravadores de voo".

Os dados, coletados pelos investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), com sede em Brasília, foram entregues às autoridades cazaques, acrescentou.

"As análises dos dados extraídos dos gravadores de voo e as informações a serem divulgadas no Relatório Final dessa investigação são de exclusiva responsabilidade da Autoridade de Investigação do Cazaquistão", de acordo com a FAB.

As caixas-pretas, que contêm as gravações de áudio da cabine e os dados de voo, chegaram ao Brasil na semana passada para análise no Cenipa.

Três investigadores do Cazaquistão e outros especialistas convocados por aquele país — três do Azerbaijão e três da Rússia — acompanharam as investigações.

O avião voava de Baku, a capital do Azerbaijão, para Grozny (Rússia), mas caiu perto de Aktau, no Cazaquistão.

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) havia feito um apelo para uma investigação imparcial do acidente, depois que Baku afirmou que o avião foi atingido por mísseis russos de defesa antiaérea.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, acusou novamente a Rússia nesta segunda-feira de ter derrubado o avião.

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu desculpas a Aliyev e admitiu que, no dia do acidente, a defesa aérea russa efetuou disparos devido à presença de drones ucranianos no Cáucaso, embora não tenha reconhecido que a Rússia seja responsável pela tragédia.

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