Manifestação pelo respeito à liberdade de imprensa na Índia realizada em Nova Délhi em 4 de outubro de 2024
Arun Sankar
Manifestação pelo respeito à liberdade de imprensa na Índia realizada em Nova Délhi em 4 de outubro de 2024

O grupo de vigilância da imprensa da Índia exigiu no sábado (4) uma investigação completa após a descoberta do corpo de um jornalista enterrado em uma fossa séptica coberta de cimento.

O jornalista freelancer Mukesh Chandrakar, de 28 anos, havia feito uma reportagem sobre corrupção e a insurgência maoista no estado de Chhattisgarh, no centro da Índia.

Chandrakar dirigia um canal popular no YouTube chamado “Bastar Junction”, que tem mais de 165.000 inscritos.

“Preocupado” com o suposto assassinato, o Conselho de Imprensa da Índia exigiu, em um comunicado no sábado, um relatório detalhado "sobre os fatos do caso".

O corpo do jornalista foi encontrado em 3 de janeiro no estado de Chhattisgarh, depois que seu telefone foi localizado quando sua família informou seu desaparecimento. Três pessoas foram presas.

Mais de 10.000 pessoas foram mortas durante a insurgência estimulada pelos rebeldes maoístas naxalitas, que alegam estar lutando pelos direitos das populações indígenas marginalizadas nas regiões centrais da Índia, ricas em recursos.

Vishnu Deo Sai, ministro-chefe de Chhattisgarh e membro do partido governista do país, descreveu a morte de Chandrakar como “trágica” e prometeu a “mais severa punição” para os responsáveis.

No ano passado, a Índia ficou em 159º lugar no índice de liberdade de imprensa, estabelecido anualmente pela organização Repórteres Sem Fronteiras. A lista inclui 180 países.

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