Membros do partido do Congresso Nacional Indiano prestam homenagem ao falecido ex-primeiro-ministro Manmohan Singh em 27 de dezembro de 2024 em Amritsar
Narinder NANU
Membros do partido do Congresso Nacional Indiano prestam homenagem ao falecido ex-primeiro-ministro Manmohan Singh em 27 de dezembro de 2024 em Amritsar



A Índia ofereceu, neste sábado (28), um funeral de Estado ao ex-primeiro-ministro Manmohan Singh, um dos arquitetos da liberalização econômica do país no início da década de 1990.

Manmohan Singh, que liderou a Índia de 2004 a 2014, morreu na quinta-feira (26) aos 92 anos.

Durante o seu primeiro mandato, supervisionou a ascensão econômica de seu país, atualmente a terceira maior economia da Ásia.

Na quinta-feira foi decretado luto nacional, que se prolongará até a próxima quarta-feira.

A cerimônia foi liderada pela presidente Draupadi Murmu e pelo primeiro-ministro Narendra Modi. O funeral contou com a presença de altos funcionários civis e militares e também do rei Jigme Khesar Namgyel Wangchuck, do Butão.

O líder da oposição Rahul Gandhi, que se referiu a Singh como seu "guia e mentor", rezou com a família do ex-líder antes de ele ser cremado.

Anteriormente, uma multidão de cidadãos prestou uma última homenagem a Singh, cujo caixão, escoltado pela guarda de honra e decorado com flores laranja, brancas e verdes - as cores da bandeira nacional - foi transferido para a sede do seu partido, o Congresso Nacional Indiano.

Os seus restos mortais foram transportados pela capital até o crematório escoltados por soldados da guarda e com todas as honras de Estado.

Modi chamou Singh de um dos "líderes mais ilustres" da Índia e a presidente Murmu afirmou que o falecido presidente "será sempre lembrado pelo seu serviço à nação, pela sua vida política impecável e pela sua extrema humildade".

Singh, que estudou em Cambridge e Oxford, ocupou vários cargos importantes no serviço público indiano e em agências globais, algumas delas nas Nações Unidas.

No início da década de 1990, foi nomeado ministro das Finanças, cargo a partir do qual tirou o país da pior crise financeira da sua história recente.

Mais tarde, de 2004 a 2014, atuou como primeiro-ministro. Durante o seu primeiro mandato, a economia da Índia cresceu 9% ao ano, mas desacelerou nos anos posteriores, o que prejudicou o seu segundo governo.

Singh foi um duro crítico da política econômica de Narendra Modi e também alertou para os riscos das crescentes tensões comunitárias.

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