O novo líder da Síria, Ahmad al Sharaah, em foto de 17 de dezembro de 2024 divulgada pela agência SANA
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O novo líder da Síria, Ahmad al Sharaah, em foto de 17 de dezembro de 2024 divulgada pela agência SANA

As novas autoridades da  Síria anunciaram nesta terça-feira (24) que alcançaram um acordo com "todos os grupos armados" para sua dissolução e integração sob o comando do Ministério da Defesa.

Em uma reunião entre os líderes dos grupos armados e o novo líder da Síria , Ahmad al Sharaah, foi alcançado um acordo para sua "dissolução e sua integração" sob o comando do Ministério da Defesa, informaram a agência estatal SANA e as novas autoridades em suas contas do Telegram.

Al Sharaah afirmou no domingo que não permitiria que as "armas escapassem ao controle do Estado".

Durante uma entrevista coletiva, ele declarou que a decisão também seria aplicada às " facções presentes na área das Forças Democráticas Sírias" (FDS, dominadas pelos curdos).

As fotos publicadas pela SANA e a conta do Telegram das autoridades mostram Al Sharaah ao lado dos líderes de várias facções armadas. Porém, os representantes das forças c comandadas pelos curdos no nordeste da Síria não estavam presentes.

Uma aliança de grupos rebeldes, liderada pelo grupo islamista Hayat Tahrir al Sham (HTS), tomou o poder em Damasco em 8 de dezembro após uma ofensiva relâmpago.

A chegada à capital dos combatentes da aliança acabou com mais de duas décadas de poder do presidente Bashar al Assad, que governou o país com mão de ferro.

Al Sharaah, que antes de chegar ao poder utilizava o nome de guerra Abu Mohamed Al Jolani, era o comandante militar do HTS.

O atual líder do grupo islamista, Murhaf Abu Qasra, afirmou na semana passada à AFP que "a próxima etapa" seria a dissolução das facções armadas para sua inclusão em uma futura instituição militar.

O representante militar afirmou que o novo governo busca expandir sua autoridade nas áreas do nordeste da Síria controladas por uma administração semiautônoma curda.

A Síria foi cenário de uma guerra que começou em 2011 e deixou mais de meio milhão de mortos.

O conflito fragmentou o território em zonas de influência controladas por diferentes grupos beligerantes apoiados por potências regionais e internacionais.

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