Presidente de Taiwan visita ilha americana de Guam e recebe apoio de Washington

O presidente taiwanês, Lai Ching-te, visitou o território americano de Guam nesta quinta-feira (5) e recebeu apoio de Washington, que continuará ajudando Taiwan...

A governadora da ilha americana de Guam, Lou Leon Guerrero, recebe o presidente taiwanês, Lai Ching-te, no aeroporto de Tamuning
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A governadora da ilha americana de Guam, Lou Leon Guerrero, recebe o presidente taiwanês, Lai Ching-te, no aeroporto de Tamuning
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O presidente taiwanês, Lai Ching-te, visitou o território americano de Guam nesta quinta-feira (5) e recebeu apoio de Washington, que continuará ajudando Taiwan a "proteger-se contra a coerção".

A visita é parte de uma viagem por países aliados de Taiwan no Pacífico (Ilhas Marshall, Tuvalu e Palau) que começou com uma escala no Havaí, o que desagradou a China.

Taiwan se define como uma nação soberana, mas Pequim afirma que a ilha de governo democrático é parte de seu território e se opõe a qualquer tipo de relação diplomática oficial.

No desembarque em Guam, Lai foi recebido por várias autoridades americanas. Apesar de, como a maioria dos países do mundo, o governo dos Estados Unidos não reconhecer oficialmente Taiwan, Washington é seu principal apoio internacional e fornecedor de armas.

Em um banquete nesta quinta-feira em Hagatna, capital do território, Lai celebrou as "profundas conexões" e a "aliança sólida como uma rocha entre Taiwan e Estados Unidos.

"Juntos, somos bons parceiros na defesa da democracia, da liberdade e da prosperidade para ambos os lados", disse Lai diante da governadora de Guam, Lou Leon Guerrero.

Ingrid Larson, do Instituto Americano em Taiwan, que atua como embaixada americana de fato na ilha, afirmou que "os Estados Unidos continuarão ajudando Taiwan a melhorar suas capacidades defensivas e a proteger-se contra a coerção".

Durante a visita ao território, Lai também conversou por telefone com o presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, informou à AFP o gabinete presidencial de Taipé.

Após a conversa, a China pediu nesta quinta-feira aos Estados Unidos que "pare de enviar sinais equivocados".

"Pedimos aos Estados Unidos que reconheçam claramente o grave dano que os atos separatistas de independência de Taiwan representam para a paz e a segurança no Estreito de Taiwan", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

Lai ainda deve visitar o arquipélago de Palau, a última etapa da viagem por três dos 12 países que ainda mantêm relações diplomáticas com Taiwan.

AFP