Equipes de emergência e resgate trabalham no local onde a cobertura de concreto de uma estação de trem desabou na cidade de Novi Sad, no norte da Sérvia, em 1º de novembro de 2024
Nenad Mihajlovic
Equipes de emergência e resgate trabalham no local onde a cobertura de concreto de uma estação de trem desabou na cidade de Novi Sad, no norte da Sérvia, em 1º de novembro de 2024
Nenad Mihajlovic

A Justiça sérvia ordenou, neste sábado (23), a prorrogação por 30 dias da prisão de dez pessoas, incluindo um ex-ministro, como parte da investigação sobre o colapso de uma cobertura de concreto que matou 15 pessoas em uma estação ferroviária.

A tragédia ocorreu em 1º de novembro durante o trabalho de renovação na estação de Novi Sad, no norte do país.

O incidente provocou uma onda de indignação na Sérvia e mobilizou milhares de pessoas nas ruas para denunciar o acidente como resultado da corrupção e da falta de supervisão do setor de construção.

Entre os presos estão o ex-ministro da Construção, Goran Vesic, e o ex-diretor de infraestrutura ferroviária, Nebojsa Surlan.

A diretora-geral interina da infraestrutura ferroviária da Sérvia, Jelena Tanaskovic, e outro suspeito estão em prisão domiciliar por um período de três meses, informou a televisão pública RTS.

Na quinta-feira, a polícia prendeu 12 pessoas, incluindo Vesic, como parte da mesma investigação.

A oposição aplaudiu essas prisões.

Os manifestantes exigem a renúncia do primeiro-ministro e do prefeito de Novi Sad, e que os responsáveis sejam levados à justiça.

Até o momento, além de Vesic, o ministro do Comércio Tomislav Momirovic - ministro da Construção de 2020 a 2022 - e Tanaskovic renunciaram a seus cargos.

O trabalho de reforma na estação de Novi Sad havia sido concluído semanas antes do colapso.

Quatorze pessoas, com idades entre 6 e 74 anos, morreram no local e uma décima quinta morreu no hospital alguns dias depois.

Os manifestantes exigem a publicação dos contratos assinados com as empresas envolvidas nas obras de reforma da estação.

Duas empresas chinesas, a China Railway International e a China Communications Construction, fizeram parte do consórcio escolhido para as obras, juntamente com a empresa francesa Egis e a empresa húngara Utiber.

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