O polêmico parlamentar Matt Gaetz, escolhido por Donald Trump como seu futuro procurador-geral e secretário de Justiça, decidiu se retirar do processo de seleção devido à oposição que encontrou para ocupar este cargo, inclusive dentro do Partido Republicano, conforme anunciou nas redes sociais.
"Ficou claro que minha confirmação (no cargo) estava se tornando injustamente uma distração no trabalho crucial para a transição Trump/Vance", escreveu Gaetz em sua conta no X.
"Tive excelentes reuniões com os senadores ontem. Aprecio seus comentários reflexivos e o incrível apoio de tantos", escreveu Gaetz no X.
Pouco após o anúncio, Trump se manifestou e lhe deu bons votos: "Matt tem um futuro maravilhoso e espero ver todas as grandes coisas que fará", disse.
Gaetz foi uma das várias escolhas surpreendentes de Trump para seu gabinete, incluindo o apresentador da emissora conservadora Fox News, Pete Hegseth, como secretário de Defesa, do cético das vacinas Robert F. Kennedy Jr. como titular da Saúde e do bilionário sul-africano Elon Musk para dirigir uma entidade a cargo do enxugamento do Estado.
Investigado
Um painel do Congresso esteve investigando a suposta atividade ilegal de Gaetz, incluída também sua má conduta sexual com uma adolescente de 17 anos, algo que ele nega, assim como o uso de drogas e o desvio de fundos da campanha de Trump.
Ele enfrentava uma batalha para conseguir a confirmação no Senado para o cargo de procurador-geral devido à oposição generalizada contra seu nome.
Gaetz foi eleito pela primeira vez para a Câmara de Representantes dos Estados Unidos em 2016 e foi reeleito este mês, mas renunciou como congressista pouco depois de Trump tê-lo escolhido para ser seu procurador-geral.