O ataque de março passado à casa de shows Crocus City, perto de Moscou, deixou mais de 140 pessoas mortas e foi o ataque mais mortal na Rússia em 20 anos
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O ataque de março passado à casa de shows Crocus City, perto de Moscou, deixou mais de 140 pessoas mortas e foi o ataque mais mortal na Rússia em 20 anos
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O Conselho de Supervisão da Meta determinou, nesta terça-feira (19), que a gigante das redes sociais errou ao remover três publicações do Facebook que mostravam imagens do ataque mortal em uma casa de shows em Moscou em março e decidiu que elas deveriam ser republicadas.

As postagens violaram as regras da Meta que proíbem a exibição de vítimas durante um ataque, mas seu valor jornalístico deveria tê-las isentado dessas regras, disse o conselho independente.

“Em um país como a Rússia, com um ambiente midiático fechado, o acesso por redes sociais a esse conteúdo se torna ainda mais importante”, disse o conselho em uma decisão por escrito.

"Apagar assuntos de interesse público vital com base em temores infundados de que eles poderiam promover a radicalização não é consistente com as responsabilidades da Meta em relação à liberdade de expressão", acrescentou.

As publicações condenavam claramente o ataque, expressando simpatia ou preocupação com as vítimas, disse o conselho.

O grupo determinou que a Meta deveria colocar as postagens novamente on-line, acrescentando um aviso de que seu conteúdo poderia perturbar os espectadores.

Quatro homens armados invadiram a casa de shows Crocus City, perto de Moscou, em 22 de março, abriram fogo contra o público e incendiaram o prédio.

O ataque, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, deixou 145 pessoas mortas e centenas de feridos.

O conselho de supervisão da Meta atua como um tribunal para julgar disputas sobre o conteúdo publicado nas plataformas e o gigante da rede concordou em acatar suas decisões.

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